LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
.BODAS DE OURO 11!1 Não era essa; porém, a respos ta que Arthur · ,esperava. , O que elle desejava era· uma r esposta franca que o habilitasse a approximar-se dé Alice, sem constrangimento ele qualquer especie. Não esperava-que ella lhe désse a certeza de ser amado, mas ao •m~nos permittisse esperar que um dia pudesse ser correspondido. · Nessas condições, preferiu dirigir nova carta: « Prima Alice: « Ninguem jamais me poucle obrigar a querer -quernquer que fosse. A prima·, que sempre teve imperio sobre a minha vontade , a unic;:,i vez que _ não ponde dornirial-a, foi quando quiz que eu me foclinasse por outra menina. Já vê que a sua .. accusação não . encontra base no meu passado. ((A lembrança foi toda minha, toda ditada por meu coração. Sinto, comtudo, que a prima não :tivesse dado o consentimento que eú pedi. Dis.: se-me que· não me approximasse de si para lhe falar de amôr. (( Ainda: continúa nesse proposito 1 (( Não demore a respos ta ao seu ancioso .- primo, Arthur. >> Alice achava que os sentimentos expressos na carta era.m bastante· lisonjeiros para o seu
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