LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS DE OURO i17 -IssQ seria naqu~lle tempo. É possível que hojê pense diversamente. Por que não procede de accordo com a licção que me deu? -Acha, então, que eu não perderei o meu tempo? · · -Penso que não. De resto, julgo ter desco– berto que a menina Alice vota ao sr. particular estima, que não pode ser confundida com a de simples parente. Não deixe, porém, transpare– cer isso. Continue a tratal-a corno se de nada · sou,besse e · como quem trabalha por uma con– quista impossível. --Vou utilisar-me dos seus conselhos de ami– go e que me parecem filhos da experiencia do mundo. · Corno comprehender o temperamento dessa menina? Paulo dizia-lhe que Alice lbe votava amôr, a elle Arthur, e nunca o havia deixado transparecer! Chegou mesmo ao pontb de que– rer que elJe dedicasse a sua affeiçã,o a uma amiga sua. Que interesse teria ella nisso? En– tretanto, Paulo estava certamente bem infor-, mado, pois · que Adelia gosava da inteira con– -fianç.a de Alice. Mas, que diabo, como havia de desvanecer o mau juizo que com certeza a prima estava ra:. zendo a seu respeito? - Combinou com P.aulo. Ia dalli mesmo ende– reçar-lhe uma ca_rta. Escreveu:
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