LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
114 BODAS DE OURO na medida de nossas forças, para o desenvoJvi– mento do meio social em que vi vemos. Não ha esforço bem intencionado, a.bsoluta-– men te perdido. E se todas as mulhel'es enca– rassem os seus deveres por esse prisma, nas. cidades, como nas aldeias, como em .toda a parte, o numero dos dissolutos teria decrescido , se não se tivesse annullado inteiramente. Ora todas as vezes que Pa!JlO conversava com Alice e ouvia esses pensamentos extel'nados por ella, ficava encantado e 1·epetia sempre ·a sua mulher: - Ahi está outra, que, como tu , ha de fazer– a felicidade de quem tiver a dita de a desposai'. As futilidades não a encantêtrn e isso basta para que ella não !:ie amofine com pequei1os obsta- culos. . · . ~ Não é vaidosa tambem,_posso garnntir-te,, e por esse Jado, tanto pode ser feliz casando com um rapaz rico, corno com um pobre. Basta que elle a comprehenda -e lhe. dê toclo o cal'inlio de que ella é digna. É dessas creaturas capazes de dizer que não têm fome, quando vejam que o– marido não tem recursos precisos para. lhes dar uma mesa farta. E depois, o quadro mais sim– ples ,' O movei mais pobre,. ella .transCorrna flUm objecto interessante, porque o sabe arranjar. Alice, por seu tu_rno, admirava o joven casal, que tão bem se com1>1·e.her).dia .. Derpais, "3Jj!1-vi~ esses dois amigos _realis::1n9Q, na. vjd~ ~conjugal,
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