LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

110 BODAS DE OURO vento, sem distracções fortes, os seus esforços eram vãos para quebrar a cadeia ,dêsse amôr. Mas tambem tinha amôr proprio e muito. Não se deixaria surprehender por elle com aquella facilidade com que Adelia se lhe revelara. Nada podia dizer do que eram os homens. Em todo o caso, conhecia que o meio de prender Ar– thur, não era facilitar-lhe a approximação e tão pouco evitai-a totalmente. As concessões deviam ser feitas aos boccadinhos, como ser demorado, o cDnhecimento do affecto que por ventura se nutria por elle. · . Assim talvez conseguisse alguma cousa para o futuro, se outra não houvesse ainda usado do mesmo recurso em Paris. · Toda a sua fe1icidade consistia nisso e era sobre esse alicerce que erguia a sua esperança ma}s fagueira, aquella de que ·dependia todo o encanto de sua vida. •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0