Batuques de Belém

sentes . Outra finalidade do culto é adorar Deus, sin– cretizado em Oxalá, rendendo-lhe homenagens pelas graças alcançadas . OS ASSISTENTES A assistência dos candomblés, em sua maioria, é constituída de pessoas humildes, residentes no bairro onde está localizado o terreiro : homens, mulheres e crianças do povo, operários e operárias, comerciários, etc . . Também frequentam o culto afro-brasileiro pes• soas da classe média e, vez por outra, elementos da al– ta roda são encontrados a assistirem às suas danças movimentadas. RAZÃO DE FREQUENTAREM OS BATUQUES OU MACUMBAS Alguns assistentes são adeptos do culto e abrigam na alma a crença nos orixás, tendo-se registrado casos de transe entre êles, nos dias de festa. Outros frequen– tam os terreiros por mera diversão, atraídos pela mu– sica e pela coreografia, ou por curiosidade . LIBERDADE DOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS O culto afro-brasileiro nem sempre gozou, em Be– lém, de liberdade que hoje desfruta, com dezenas de batuques espalhados por vários bairros da cidade . So– frendo restrições e perseguições de toda ordem, o cul– to africano chegou até a proibição policial, nas décadas de 30 e 40. Vicente Sales, que estudou os problemas sociais ao negro no Pará, e mui especialmente em Belém , escre– ve em sua obra "O Negro no Pará", em pé de página, os trechos abaixo transcritos, e que valem como precio· so documentário sobre o assunto: "O folclorista paraense Gentil Puget agitou o pro– blema dos cultos africanos em Belém e no dia 16 de dezembro de 1938 um grupo de intelectuais (Gentil Puget, o iniciador do movimento, Ângelo Nascimento , Pedro Borges, Br uno de Menezes , Remígio Fernandez, Stélio Maroj a, Oséias Antunes, Cécil Meira . Machado Coelho, Dalcídio ,Jurandir, Genésio Cavalcante. Osvaldo Viana. Lourival Damasceno, Artur França, Garibaldi Brasil . Ribamar Moura, Barandier da Cunha, Eustá– qu io de Azevedo, Osório Nunes, Carlos Vítor, José To· -5--

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0