Batuques de Belém

tir o efe~to desejado é colocado no local por onde a ~ess?a visada passa, numa encruzilhada, no batente ou Ja~~1m d~ casa, no rio ou no mar . É preparado pelos paJe~, pais-de-santo ou mandingueiros, em seu próprio terreiro ou tenda, e varia de acordo com a finalidade desejo do indivíduo, etc . . Raimundo Silva, babalorix~ d? Pa:á, põe seus despachos no Igarapé do Galo, pró– ximo a Ponte do Galo, pois as águas correntes os con– du_z~m para bem longe, afastando os malefícios que cairiam ou poderiam cair sobre alguém . É dêsse pai-de-terreiro a fórmula da mandinga qut: apresentamos abaixo: 1 frango preto 1 metro de morim novo 1 alguidar de barro novo 1 garrafa de azeite de dendê 1 /2 quilo de farinha suruí Um pedaço de tabaco de corda do úmido Sal da Costa Pimenta da Costa Pipocas Ubi. Todos esses ingredientes e mais 7 velas de eôres diversas, são fornecidos pelo interessa~o ao encarrega– do do preparo do ebó . O despacho e preparado no terreiro, na presença do mandante, do segui?te modo: após acender as 7 velas coloridas, o babalonxá espalha no chão o material e torce o pescoço do frango no al– gui_dar, enquanto O dono da rnandinga formula em voz baíxa, próximo à cabeça do anima~ o seu pedido. A seguir o pai-de-santo reza urna oraçao e aguarda as vt las se consumirem totalmente. Depois enrola no pano de morim O frango morto, juntamente com os demais elementos, colocando-os no alguidar e mandando lan– çá-lo, nas caladas da noite, no Igarapé do Galo . O pintor paraense Naval (Alcides dos Santos Coe– lho ,, quando visitou Belém. em 1969, após vários anos de ausência, pelo sucesso alcançado co~ a exposição de quadros de sua autoria e por ver realizado um velho sonho acalentado há tanto tempo, deu cumprimento 2. uma promessa que fizera aos 5 Exus de sua preferên– cia - Vence-Tudo Morcego, Tiriri, Zé Pelintra e Ca- ' veira - levando à noite de certa segunda-feira de no- -43-

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