Batuques de Belém

Possui bancos internos e a Sala das Festas é enfeita– da corri papel crepon de várias côres e balões de bor– racha. O peji e Sala das Festas são cimentados. · o peji é bem iluminado e tem duas porta1:>. Nele vêem-se um altar maior e um menor, e duas grutas de– dicadas a Nossa Senhora de Lourdes e a Iemanjá . No chão encontramos bilhas de vários tamanhos, com água, pedras de orixás, búzios, fenos , uma bacia branca com vinho e outra com massê de ervas e uma pedra de tronqueira . Os altares são revestidos de pastilhas multicores e iluminados com lâmpadas coloridas. No primeiro altar - o maior - que fica no cen– tro, vemos um signo de Salomão, um boizinho, as ima– gens de São Jorge no cavalo. São Sebastião, São Pe– dro, São Expedito, Nossa Senhora da Conceição, duas de São Benedito e uma de São José. Vêem-se, ainda, búzios e ervas . Na Gruta de Iemanjá estão as imagens de Santa Bárba ra e de Santa Rosa de Lima, e um quadro de Iemanjá. Na Grut a de Nossa Senhora de Lourdes há um la– go artificial, onde dormem vários orixás (pedras) , en– tre as quais a de Iemanjá - pedra branca redonda e polida. No alta.r menor anotamos as imagens de São Se– bastião , São José (velho) e São Benedito . Atrás do altar principal vários Orixás estão assen– t ados : I emanjá, Ogum, Oxalá e outros. Nesse terceiro assistimos a várias filhas -de-san to dançarem com balões coloridos de gás e quatro indiví– duos, de r epu tação duvidosa, com chapéús de carnaú– b a e feltro . No candomblé de Colaço não se sacrificavam ani– mais, antes dos trabalhos ou para a fei tura dos san– tos. Só em casos esueciais. quando era preciso fazer algum serviço , isso acontecia. As noviças, em geral, ficavam 21 dias na camari– nha, em r etiro, p~ra purificação espiritual, antes de se– rem declaradas filhas-de-santo . Esse batuque possui o auarto de Exu. onde são -fei– tos os despachos antes da festa . É um cubfoulo fecha– do a chave, nele encontrando-se o Exu Tranca Rua com suas ferrament8,s , o seu axê e a Pombagir a . Nesse batuque denominam Pombagira. (que segun– do Waldemar Valente trata-se <'le corruptela de Bam– bojira - de procedência do Congo e que correspon- -36-

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