Batuques de Belém
a) malva·rosa; b) pluma; c ) estoraque; d ) tuburça; e) rosa de todo ano; f) alecrim; e g ) bálsamo de São Tomé . Manoel Querino (Costumes Africanos no Brasll ) , à página setenta, nos fala de vinte e uma espécies dife– rentes de ervas, acrescentando que o "banho há de con ter dezesseis folhas de cada qualidade", podendo esse número ser aumentado para alcançar melhor efeito. Diz o babalorixá Raimundo Silva que, ao se acres– centarem outras folhas, deve-se fazê-lo de modo que o número total de folhas do banho seja sempre impar. Para que a filha-de-santo seja assistida por um cabo, elo coloca·se jurema preta, e como não pode ficar nú· mero par, adiciona-se folha de verequête. Câmarã Cascudo , em seu "Dicionário du Folclore, Brasileiro'' faz referência ao banho "sete fôrças", usa– do no catimbó no nordeste, no qual entram sete ele~ mentos da flora brasileira . Durante os dias em que a noviça pennanect no peji, submetendo-se ao processe, da feitura do santo, traz um pano na cabeça e fica em completo retiro es– piritual. Após esses três dias é marcada a data da festa em que o orixá deve dar o nome, quando então a noviça é consagrada filha-de-santo, após dançar E:: entrar em transe, possuida pelo seu orixá . Nessa ocasião ela grita o nome de seu santc, prote· tor e daí em dian te dedicará sua existência ao seu ori– xá. devendo obediência a êle e só ã morte a libertar á dessa sujeição . Se n ão puder comparecer às festas de seu orixá, pode festejá- lo em casa. Afirma Raimundo Silva que n os cándomblés de Belém não é feita a depilação da cabeça ou de outras partes do corpo da noviça. Também não são sacrifi· cactos animais para a cerimônia , nem se faz o Effún - pintura do couro cabeludo e da face com tintas branca, azul e vermelha . -23-
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