Batuques de Belém

dro e Iemanjá. Ü altar·· é iluminado com pequenas lâm– pa_das coloridas . Na mesa do altar há búzios de vários · t amanhos, estrelas-do-mar e colares espalhados . O altar é circundado por uma espécie de jardi– neira, de um palmo de altura e contendo água e muru– rés . Esses mururtJs escondem os orixás que dormem nas águas, ocultos dos olhares curiosos . No peji encontra-se um grande pote para o afurá, uma bacia de ferro esmaltado onde é depositado o -vinho nos dias de trabalhos, um alguidar com água e ervas cheirosas, onde se mergulham os colares das filhas-de-santo e bilhas com água para os orixás. A casa do babalorixá Raimundo Silva serve para sua residência e outros misteres, pois ali, além de seus aposentos, funciona a cozinha e é servida a comida, bem como cerveja e refrigerantes aos convidados espe– ciais. Aí também está localizado o quarto onde as filhas-de-santo mudam a roupa para as cerimônias festivas . Nos fundos há um grande quintal e três dependên– cias destinadas uma para a bomba d 1 água, a segunda para sanitários e a terceira denominada barraca_ da Marreca (filha-de-santo aposentada) e onde também o babalorixá da Pedreira passa as tardes a conversar com o pessoal que o procura ou descansando em uma rede . Vinte e quatro de setembro é data festiva no Can· domblé de Raimundo Silva, dedicado ao c a b o c 1o Zé Tupinambá. Outro dia muito festejado no terreiro de Raimundo Silva é o de São Sebastião, a vinte de janeiro Nesse dia é executado o seguinte programa: 1 ) Pela manhã: missa em uma igreja católica do bairro da Pedreira, com o com– parecimento do babalorixá, fi– lhas-de-santo e pessoal ligado au t er reir o; 2) A tarde: procissão pelas r uas do bair ro, com a imagem· do San to padroeiro, segui– da de ladainha ao chegar do r etorno, ao terreiro; 3) A noite: jantar, seguido de festa com dança. Bihlioteca PúbUca"Arthur Vit,nna ~ _

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