Batuques de Belém

"TOIÃ VEREQUETE" A voz de Ambrosina em "estado de santo" virou masculina . o corpo tomou jeitão de homem mesmo . Pediu um charuto dos puro Bahia depois acendeu soprando a fumaça . Seus olhos b r ilharam . Aí o "terreiro" num gira girando ent rou na tirada can tada do "ponto" . E r a a "obrigação" de Mãe Ambrosina falando quimbundo na língua de Mina . "Toiá Verequete !" "Toiá Verequete !." O Santo dos pretos o São Benedito tomou logo conta de Mãe Ambrosina fez do corpo dela o que ele queria. Então todo "filho de santo" escutou. E pai Verequete falou como um príncipe da ter ra africana que o branco assaltou . Ele tinha sofrido chicote no tronco mais tarde foi amo criando menino e nunca odiava, sabia sofrer . Até nem comia pra dar seu quinhão a quem ele via com fome demais . "Toiá Verequete !" "Toiá Verequete !" E t odos vieram pedir sua bênção beijando o rosário de contas e "lágrimas" que a muitos foi dada por Mãe Ambrosina , a "mãe do terreiro". Até que uma "feita" se pôs a chorar, pedindo perdão tremendo na fala, porque não cumprir a com o voto sagrado . Então "Verequete" lhe pôs a mão santa sobre a carapinha cheirando a mutamba . -12- ;

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