As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho

CA:-S DlDO CO ~TA Q d á t star a possibilidade de , em tempo ido ·, terem- e uern po er con e I d . . - d d f Ctos estabe ecen o-se a sim a commurn caçao do a o os mesmos a , . ve lho para o novo mundo : , L b f re q ue no firo do X\ secul o, o marquez de la R oche escar ot re e ' - . . P equen a cmbarcaçao um porto nas proximi dade procurava numa . d · d . 11 Canadá quando e repente foi a rrebatado pelo ven to e Uffia J 1 a 00 e l . , • d , , 1 d ao fin 1 de poucos dias as praias de F ra nca . este e anca o . , TT\t' , te O principe \V1 asemsky, que já viajou a cavall o ao v 1mamen F' . redor da Asia , dirigindo-se ao ~!garo, que se pu?líca em P ar i fez sciente do seu novo emprehend1mento, que con I te em passar d a Europa para a America pelo me~mo me_io de locomoção. O ponto de partida será P a1~1s ; atravessará a Europa e a Siberi a em direccão ao estreito de Behnng, que transporá por cima do ge lo, di rigindo-~e d' ahi ás duas Ameri cas , de Al aska at é a P atagoni a . No estreito de Behring não será difficil a passagem. por isso que durante dois meses forma-se nelle gelo. . Essa tentatirn é um arrojo do ousado itinerista, que vem compro– \'a r a p assagem qu e fazi am em tempos remotí ssimos os Sibe rios orientaes do estreito de Behring para a America. P arece sem duvida ser este o ponto de partida p a ra o estudo ethnographico e ethnologico dos que se entr~gam eis investigações d a raça primitiva do Braz il, até hoje ainda mal definida pelas vari ad a s hypotheses de conhecidos escriptores , que cada vez mai s se ema r a nh am. no inextricavel labyrintho de suas affirmati vas. A opinião mais consentanea ácerca de tão difficil assumpto é sem dm·ida a dos que acceitam a migração dos povos asiaticos p a r a a America, pela facilidade da passagem no estreito de Behring li) . , l'J O illustrado maranhcnse IJr. João Mendes de Almeida, a pagina 278 de suas Notas Ge11ealog icas, ;i.s– :;im se exprime, confirmando a minha opinião: •Por isso, e pela semelhança de feições (segundo as estampas de L. Figuier-As Raças huma11as), enten – demos que a pornaçiíó da America, logo que a Asia, assás povoada começou suas expansões, fo i feita pelo estreito de 13ehring por Samoyedas, produzindo os Esqui maes, ao norte da America, e estes, descendo do norte ao sul , em inintcrrompidas migrações, cruzaram-se com Polynesios emigrados da No,·a-Z elandia e de outras ilhas da Oceania. E , pois, os indígenas da America teem essas duas origens : os do norte, o ramo h)'p erborio da raça amarei/a, e náo o ramo si11ico (chinês e japonês), como alguns querem faz er crer ; os do sul , o ramo poly11esio da Taça malaia. Os Chins teem encont rado nos E stados-Unidos e no Peru a re pul– siío dos indígenas. Alem d 'isso, falta nos indígenas da America a obliqua collocnçiío dos o lhos d o ramo sinico ; e tambcm náo appa recem alguns dos costumes dos povos da Chi na e do Japão, que representa– riam a tradição na gerações.• O auctor des,e li.-ro, Dr. João Mendes, fall eccu no dia 15 de outubro de 1 898 na capital de S . Paulo , onde era estimado por bUas cxcellcntes qualidades de cidadáo e de catholico fervo roso . E ra homem d e preclaras \'irtndes e de profundo saber. Nasceu a 22 de maio de 183 1 na cidade de Caxias, no Marnnl dío . f oram seus paes Fernando Mendes de Almeida, português, e Esmcria Alves J e Almeida, brazilcira. '

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