As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho

CA ·orno CO.:'TA banda atravessada e fraldelim pela cintura; de~aixo do e cudo de tal figura ha alguns caracteres já gastos pelo tempo. Ha vestígios de um templo, que ainda conserva p;._: rte do seu magnifico frontispicio, e nas suas paredes se vêem obras de primor com figuras e retratos embutidos na pedra. O auctor da alludjda memoria accrescenta : «Estas noticias mando a V. M.cê deste sertão da Bah ia e dos rios Paráoaçú, Una, assentando não darmos parte a pessoa alguma, por– que julgamos se despornarão villas e arraiaes; mas eu a V. M__ cê a dou das ruínas que temos descoberto, lembrado do rnuitõ que lhe devo. » Será esta a c· dade descoberta pelo Dr. G. Martina ? Em 1840, a fragata dinamarquesa Bellomze chegou á Bahia, com os tenentes Svenson, Schulz e o naturalista Kruger, encarregados de examinarem as ruinas dessa cidade; porém não lhes foi passive i desco– brirem o Jogar em que ella se achava. D. Romualdo de Seixas, arcebispo da Bahia, prometteu-lhes dar um relatorio circumstanciado da situação das ruinas ,que procuravam, porém não chegou a satisfazer tal promessa. O Sr. M.anuel José Pires da Silva Pontes, antigo presidente da pro– víncia do Espírito Santo, em carta dirigida a um membro do Instituto Historico do Brazii, a qual foi lida em sessão de 2 1 de setembro de 1839, deu sciencia áquelle instituto da exii tencia de antigas povoações e riquezas subterraneas no deserto da mesma provincia. Sou natural desse Estado, outrora província, porém não tenho con~ecimento de tal facto, que, garanto, é alli ignorado. Acerca da Memoria enviada pelo referido instituto ao Sr. Roch Schüch, versado em línguas orientaes, referente a uma antiga povoa– ção abandonada, que se descobriu nos sertões do Brazil, para que elle esclarecesse tão importante assumpto, decifrando as inscripções della constantes; assim se exprimiu: «que pela comparação de inscri– pções, que se acham na Encyclopedia methodica, nas Viagens de Olaffens pela Islandia, e na obra moderna intitulada Antiquitates amerincana?, achara duas ou tres lettras que se assemelhavam ás da ponta da Gavia, e teem alguma probabilidade de pertencerem aos Runos. O alphabeto runico antigo, que remonta a uma epoca muito ante– rior á nossa era , tem corno o dos Phenicios dezeseis caracteres, asse– melhando-se não sómente entre si, ma s tambem ao grego e ao latino: .as inscripções parecem pertencer a tempos mais modernos, e prova– ve lmente são runicas.

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