As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho

,\ DU S A ~ERlCA 205 R.ohan refutou concludentemente tal memoria, porém o r. Catambry com provas ti radç.s da ua loncra pratica de navegação_em toda a COS t ª do Brazil ainda mai Yeiu robu tecer essa refutaçao confirmando ponto por' ponto o argumento do Sr. general _Beaurepair: Ro~an: não obstante não ter tido conhecimento da allud1da refutaçao. T al é a força da verdade , e só e ta pode dar emelhante re u\ - tado. » O Sr. almirante Ignacio J oaquim da Fonsec~ em sua r,esposta ás con sideracões do conferente escreveu: «Li o -desenvolvido parecer do illustre Sr. Catambr) sendo a con– clusão «que lamenta a n ão ter eu assistido á conferencia ». Ora esta lamentação é mais uma epopéa em causa propria do que a conscien– ci a de haver resol ido um problema em que se debateram entidade s como Varnhagen e Beaurepaire . Não se dignou o conferente de subir á zona diaphana dos estudo de critica historica , litteraria e creocrraphica. Comecou dizendo «que o o " extranhava ·que tomasse por ponto de partida as latitudes de l Soo . Se dissesse do po11to d e chegada, então se approx.imava do texto da obra. Criticas a kaleidoscopo sucrcrerem infinitos diagrammas. ' ~0 V E por isso que viu e diz «que me referi aos 17º sul de mestre J oão >) , quando nó texto se lê: pelo 16º 35', dando já o desconto da imperfeição dos instrwnentos daquelle tempo. A these propõe-se a provar que o ponto de chegada jan;iais podia ser na enseada de anta Cruz, hypothese insustentavel, como ficou demonstrado claramente. Diz ainda mais a illustre critica «que não mereceu referencia o documento de Vaz de Caminha». Christo pediria perdão; eu peccador confesso que a pa.g. 26 se lê: Po1·tanto, nem attestados de Soare . Anchieta, Cardim, nem descripções de CAM INHA, servem de prova em contrario. Esto b1·evis. » Convem muito ao leitor compulsar os citados trabalhos do almi– rante Fonseca e do comrnendador Catarnbry, pois são interessantes pela natureza do assumpfo e pela auctoridade dos dois illustres con– tradictores. Pero de Magalhães Gandavo, em 1 576 (Hist. da Provinda de Santa Cnt:z, ), padre José de Anchieta, em. 1 584, Gabriel Soares dG de Sousa, em 1 587 (Roteiro do Bra:z_il) , padre Fernão Cardim, em 1 590, e Manoel Pimentel , em 1762 (Arte de 11avegar e roteirn de viagens), citam Santa Cruz como o lagar em que chegou Cabral. Gabriel Soares conta: «Neste porto de Santa Cruz esteve Pedro

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