As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho
CA.t'\DIDO CO TA palmente a alliança deste; em Calecut procuraria obter do amor im a permissão de prégarem a fé catholica cinco religio o fr anci canos e de estabelecer na sua capital uma feitoria < 1 l. Os outros capitães eram Sancho de Toar, fidalgo ca telh ano im– mediato da capitanea , icoláu Coelho, Simão de 1iranda ze,·edo Ayres Gomes da Silva, V~sco de Athayde, Simão de P ina . uno Leitão, Pedro de Athayde (o I1ifenzo), Luiz Pire , Ga par de Lemo . Bartholomeu Dias e Diogo Dias, seu irmão, devendo e te doi ficarem em Sofala. A este ultimo dão o nome de Pero ou Pedro. (Goes na Chrnnica de El-Rei D. Nlanoel, a pag. 67; Barros, na Decada prinzeii·a, a fl. 87; Faria e Cas tro, na Historia de Portugal, tomo g. 0 a p ag. ro7, etc., etc.; porém Castanheda, na sua Historia da India, lhe d á o mesmo nome que Casal na Chorographia B1·a1silica, tomo r .º, a pag. ro , o que é comprovado pela carta de Caminha.) Gaspar Corrêa, nas bellas Lendas da India, vo l. e. , pag. r4 , conta que os com.mandantes eram Sancho de Toar, Simão de Miranda Azevedo , Braz_ Mattoso, Vasco de Athayde , Nuno Leitão da Cunha. Simão de Pina, NicoJáu Coelho, Pedro de Figueiró, Bartholomeu Dias, Diogo Dias, seu irmão, Luiz_Pires, Gaspar de Lemos , André Gonçalves, mestre que viera com D. Vasco, que lhe quiz dar esta honra; estes tres capitães de navios pequenos. - Simão de Miranda Azevedo era cornmandante da nau capitanea «e ia para capitão-rn ór na successão de Pedro Alvares Cabral, se elle fallece sse)) . No numero da gente de bordo iam sefe frades francisca nos, tendo por guardião a frei Henrique de Coimbra, que mais tarde foi bisp o de Ceuta, bem assim oito capellães e um vigario para Calecut, onde iam servi: como escrivães da feitoria Pedro Vaz de Caminha , Affonso Furtado, Diogo de Azevedo e Gonçalo Gil Barbosa , sendo almoxarife Ayres Corrêa, e tainberp o bacharel mestre João, «fisico e cerurgyacto » de sua alteza, Duarte Pacheco e Antonio Correia . O comrnando desses navios foi confiado a homens valorosos e praticos na navegação, já experimentados na lucta dos mares bravi o . (') Vej;im-se, entre os documentos que vão no ,fim deste livro, as instrucçócs dadas por D. Manoel a Cabral. - 11Julgamos inedita a carta (t ranscripta a pag. 171) e parece-nos poder explicar uma tal lacuna pela differença de nome. Pedro Alvares Cabral era filho, como ~e sabe, de Fernão Cabral, o gigante da Beira. e de D. !sabei de Gouv~a, filha de João de Gouv~a, senhor de Almendra e Valhelhas e alcaide-mór de Castello Rodrigo ; adoptou o nome da máe, visto que era filho segundo e náo estava obrigado a usar o nome paterno. Mai~ tarde mudou de appellido e passou a assignar-se Cabral. Foi, como se sabe, nesta viagem que Pedro Alvares descobriu o Brazil. • (Ayres de Sá - F1·ei Gonfalo Velho , pag. 285.)
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