As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho

CA:>;DlDO COSTA scheh e tsché; em botocudo schorm e dschoun. Porém se scha11 é real – mente hebraico, sua presença entre os p~vos das Amazona que o conservaram tanto, seria mais uma prova de que Tar chi eh e tava neste rio , e que os Hebreus alli procuravam o marfim que e acha no estado fossil; ora o marfim fossil é o mais , u)garmente empregado n a artes. Teem-se já descoberto na America seis rnriedad es de elephante fosseis, porem ignoramos se estes pachyderme s todo hão sido a nni – quilados num cataclysmo, ou se ainda exi stiam no tempo de alomáo · em todo caso, o marfim fossil encontrava-se em melhor e tado de con– servação ha 2:880 ou 3:ooo annos. Quanto a abim, não é corrupção do sanscrito ibha ; é a palavra egypcia ab «e lephante » pluralizada pelos Hebreus: ha correlação entre o egypcio ab, aba e o quichua apa «carregar », apac «o carre– gador»; em egypcio abah ou apah e no quichua apa sign ificam «fardo ». O nome do elephante~ que é por excellencia o anima l carre– gador, pode ser originaria tanto do quichua como do egypcio. Alem. disso já temos annunciado que grande num'ero de vocabulos quichuas estão na antiga língua hieroglypha dos Egypcios, e que , pelos Atlan– tes, veem de origem commum. Acima dissemos que na Bíblia o marfim é tambem chamado karnotschan «chifre de dentes» . T al pobreza de expressão leva a crer que o quichua tem ainda aqui o primeiro papel. Com effeito, faremos observar que debaixo da primeira lettra hebraica de kar11otscha1l se h a collocado um hnzetz, signal massorethico que dá ao k (koph hebrá ico) o som da vogal a; ora, como nos é permittido rejeitar este signal de convenção, que não existe no antiao hebraico tomamos a liberdade de . . b l sub srnmr O á por i. Então em Jogar de karnotschan, obtemos kinzo- tschan. Ne_ste caso diúdiremos o termo do modo seguinte: kir-nots– chan - denvado do quichua kiru ~dente », notchischan e por contra½ção notschan «que é apontado»; kirnotschan «o dente apontado )) . Assim para design~r o marfim não é certo que se empregasse pal avra al– guma hebraica. O s Hebreus puderam ver elephantes no tempo d a sua servidão no Egypto e em Baby lonia; porém na Judea viram -se só 165 annos antes de J esus-Christo: alludimos aos elephantes per– tencentes a Antiacho Epiphanio, rei da Syria, quando veiu acommet– ter o povo judeu, e que o valoroso Eleazar, um dos irmãos de Judas Machabeu, ficou mor to debaixo do elepbante do rei. Em resumo, depois de nos havermos baseado em hi storiadores , para demonstrar que os povos da antiguidade navegavam no oceanci \'

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