As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho

,\ DU.\ AMER!Ci\ accre cent a que e t e nome 11ão pe1·te11cia á li11gua d ell es 11e111 t em sua elf molo rria em lin cru -:i al awna emit ica. Faremos ob ervar que_ kop náo se escreYe enão com dua con oante kp e se em logar de inter– po r a vogal o, interpuze e :z teria obtido kap e no plural kapim o que d ari a a verdadeira pronunci a e entáo achar-se-hia em presença de ssa palavras o anscrito kapis «mono!) . Entretanto os Hebreus náo for am pedir ao sanscrito o nome do monos que 1 illham de Tarschisclz. K.ap e kapinz tiram sua et mologia do quichua kap «agarrar fortemente com. a n1áo )> acçáo rnui p a rticul a r que commette o mono ao modo do hom em e que mais nos impre iona . Esta orige~1 de kapinz é eviden– ti s imamente americana . ma ponta da ilha de Santa Catharina , perto da cost a do Brazil , tem o nome de Kapi; no interior das Amazonas, um ele seus affiuente s, que de semboca perto do Pará, chama- se rio K apim (dos m acacos), e agua acima se acha a ilha de K apim · ve-se q ue a forma hebra ica se ha conservado ainda nestes nome s ( 1 l . Qu.anto ao encontro do fe rino kapis no sanscrito explica-se , pois que riotamos no quichua quinhentas pala, ras d a língua indostani ( 2 ) com o mesmo sentido em ambas as línguas . ão é Ioga~ pa r a entrarmos aqui em explicação sobre a presença do quichua n as Indias õrientaes ; contenta r-nos-hemos com dizer que ne s te rnon1ento trabalhamos nmna obra em que , com geral admira– çáo, se demonstrará que os Aryas e sua lingua sanscrita houveram o berço na America : temos di sso as prqvas philolologica s, ethnographi– cas e historicas . Entre os objectos preciosos que as frotas de Salomão e de Hiram trouxeram ach ava-se o m arfim, que é designado na Bíbli a pelos dois nome s de S chan-abim e de Kanwt-schan. Max Muller faz ainda obser– va r que abinz náo tem derivação do hebreu; mas suppóe que esta. pa– lavra possa ser uma corrupçáo do sanscrito ibha precedido do artigo semítico; e com esta hypothese pensa que abirn deve ter, como iblza, a significaçáo de elephante. Emprega-se , é verdade, no hebraico o \ "O– cabulo schan por «dente ». P orém sua origem é americana; é o que vemos na b acia d as Amazonas , onde na lingua tupy, que é a lingua geral do Br azil, «dente » se exprime por schan, shaina, shene e sallll; entre os Panos diz-se schai,za . e sclzaila; no dialecto puri diz-se (' ) Podem ser vistos nos mappas_hydrographicos do commandante Tardy de l\lontrevel, e em outros mappas ai nda. (') o indostani é formado de sanscrito, de línguas drav idicas, de arabc e de persa; podia-se accrcs- centar de quichua .

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