As Duas Américas segunda edição ampliada da obra O Descobrimento do Brazil que o auctor publicou em 1896 no Pará. Em homenagem ao quarto centenário do descobrimento do Brazil Candido Costa; illustrações Antonio Ramalho

A DU.\ 10 1 der iva o nome d 'Americo Ye pucio, piloto fl oren_tino . que fe z a e te paí dua s viagens no erviço de Ca te ll a e out ras duas se houyer– mo de lhe da r credito por rnandado d el-rei D. Manoe l. >) Tambem se diz que o indígenas Camericanuaras (?) tinham por habito ba ter com os pé e a arma no chão ao modo de quem amassa a t erra, quando· e en tregavam a exercicio ~e guerra (ma i ,má c·amer íca), e que Colombo de vol ta para a H espanha amassou ba1To com pés e n1ão (oc' amer ica a /l a) tendo con, tr ui do ante um pequeno for te no novo continente , conhecido na lirnrua indígena por - 11111ca11o1 ' . o ca menm. Com essa pa lavra o e criptores moderno fazem a compo ição do seguinte nom e. l\lluc'-A-na-meri-m-o-ca, dºonde surge em lettra re– dondas a denominação -A-meri-ca. Se não fosse uma ficção verdadeiro paradoxo se ria caso para re– fl exão e estudo da parte dos que procuram dar a verdadeira origem do nome do novo mundo . E ntr etanto, H um boldt, que fo i um obser vador profundo dos costu– m es e d a ethnogr aphi a dos p ovos ameri canos , não consigna nenhuma aprec iação sobre essa p alavra indígen a ; apenas m anifes ta que o nome d e America, á vista de suas p esquisas, foi imaginado e esp a lhado pelo antigos geographos e hi stori ador es, sem que pa ra iss.o tives em soffrido in fl ue nci a de Amer ico Vespucio . Um escriptor illustre, conhecido sob diversos p s eudonymos, sendo um dell es o de Lambert, pensa que o nome de America deve ter uma origem m ais el evada, e que d eve provir de uma p a lavr a dos In– cas, significando - Grande P aís do S ol, ou Terra S anta . Julio Marcou diz que essa p alavr a é americana e signica t erras altas ou cadeiàs de montanhas. O Sr . Juan P érez de Guzmán , no artigo - Sobre e l nombre de Real das Scieocias de Lisboa, nesse intu ito dirigiu-se a Portuga l, embarcando na esquadra que conduziu O. João VI em regresso á patria. Infelizmente antes de realizar a intenção que alli o levara, falleceu em casa d~ f r. Joaquim Dam3so, bi bliothecario da casa real, cargo e te que tambem occupara na bib liotheca publica do Rio de Janeiro . Consoante Saint Hilai re, o Padre Ay res de Casal fa lleceu em Lisboa, na indigencia, sem poder publi– car a segunda edição de sua excellente obra sobre o Brazil. il vio Romero presume ter elle fall ecido pouco depois de 18 2 1. Quando o Conse lheiro Antonio de Menezes Vasconccllos de Drumond, que foi ministrn pleniµ0t<!ll· ciario do Brazil em Portugal , chegou a Lisboa em 1838, ,não encontrou vivos o padre Ca ai e F r. Joaqu im Damaso, e, por noticia de um sobrinho deste, com loja de grn\·ador na rua do Ouro, soube que o docu – mentos historicos e mais papeis pertencentes aos ref~rido s sacerdotes tinham sido vend idos a diver ·os tabe rnei ro · da cidade. E assim se perderam ricos mananciues da nossa historia:

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0