ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.

- 79 - que o publico deve esperar das medidas de prophylaxia que- a União começou já a executar aqui, .começarão a apparec::r dentro de alguns mczes, pelo menos no ponto de vista da melhoria dos doentes em tratamento, pois a therape:.itica cm· pregada beneficia satisfactoriamente não só o estado organico do leproso, mas tambcm techa as portas de eliminação do bacillo especifico, reduzindo desse modo as possibilidades de maior extens10 do fiagello . O Regulamento Federal que vae ser executado, está tra-, çado em moldes dignos de todo o acolhimento por parte do publico, que é o unico, nesse caso, a usufruir os beneficias que resultarão de tal campanha. Belem, Dezembro de 192r. Lepra e leprosaria (ARTIGO DO PHARMACEU'l'ICO·BACTERIO· LOGISTA SR. ÜDORICO Kós ). XVII Em se tratando de lepra, nunca ha supe:·abundancia de conceitos, especialmente quando estes se referem a novos surtos morbidos dessa terri vel endemia, que, cada vez mais, se torna aguda e nefasta em nosso meio, onde pullula exhuberantemente, zombando da the rapeutica adaptada contra o seu maleficio. . Até agora os meios conhecidos para impedirem a marcha accelfrada da bacillose de Hansen, são a reclusão dos enfer– mos em leprosarias: o que, lamentavelmente, ainda não se fez em Belem, por falta de um estabelecimento digno desse nome. Mas, graças aos ingentés esforços da Commissão d-:: Pro– phylaxia Rural, o Pará vae possuir uma, que será Juplamente proveitosa: aos enfermos porque, ahi asylados, receberão o tra– tame:1to que lhes é conveniente; aos sãos porque, pri\·ados da presença daquelles que constituem. ferteis fóco5 Yecto,es do mal, ficarão livres do contagio malefico, no meio em que se exercitam. Se a leprosaria que vae ser erigida no Pará irá,·. ou nfo, satisfazer plenamente, não se sabe ainda; só mais ·tarde, depois que ella estiv~r funccionar.do , poder-se-á algo dizer a respeito. Olhando-a ainda em projecto, não queremos ser optimistas, nem pessimistas, sobre o seu aproveitamento aos enfermos e ao Estado. O que préviamente desejamos e com sinceridade, é que ella corresponda á espect1tiya de todos, posto que lamenta.mos

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