ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.
- 68 - naise doit étre considerée comnze la principale, smon l'unique cause de l' infecticm. » Com referencia á lepra ainda não ha dados scientificos para quem q11er que seja se manifestar assim. Borrei e outros pen– sam no acareano da sarna. Blanchard mostrou que os paizes da lepra o são tambern de mo5quitos. Noc e Goodhue encontra– ram bacillos acido-resiste;1tes no corpo dos C11 !ex tendo piodo leprosos. Os insectos hcm:,tophagos poderiam transmittir os bacillos da lepra, com o seu max1mo de virulencia, após te– rem sugado doentes em estado febril, portanto, com bacil– lemi;J.. A mosca .domestica tarnbem póde exerc.er papel pre– ponderante na propagação da lepra (Leb~uf ). Em 1915 pcsquizadores italiané)s fizeram interessantes ex– perie1~cias ne~se sentido, mas, sem nenhum resultado positivo. Sobre a possível tra::smissão da lepra pelos mosquitos, diz o nosso mestre Adolpho Lutz : «A impossibilidade da cuhHa do germen da lepra na tem– peratura ambiente indica a sua transmissão por um sugador de sangue. Exclúo, porém, todas as e.,pecies ubiquitarias, pulgas, percevejos, acarineos- muito abund:111tes nas grandes cidades. Culpo principalmente os dipteros hcmatophagos e dellcs as duas unicas espccie:; existentes nas ilhas de Hawaii: o « Culex Jatigans» 1 ahi introduziLio em I 828, e a «Stegomyia Ja:ciata,>, que lhe é posterior. Os outros cu licideos dos paizes frios, seme– lhantes ao fatigans; são suspeitos, incerto o «Stegomyia» e quando muito secundarios os « phlebotomus », «maruirn», 1110.:;guitos polrnra e mutucas, que faltam em Hawaii, terra da lepra . Os mosquitos só ingerem bacillos quando picam indiví– duos febris com bacillcmia >) Acha que todo o isolamento sem prophylaxia contra a trans– missi'lo por mosguiros é meJida imperfeita e sem resultado on· de existem mosquitos em abundancia. . O erudito mestre acha conveniente a escolha de sítios para hospital, isentos de mosquitos, e acomelha o uso de telas de arames e mosquiteiros, principalmente onde haja doentes particulares, quando constituírem perigo para a visinhança. Conclue que esta doutrina, posto pareça a muitos méra hypothPse, é a melhor que conhece para explicar o modo ap– parentemente erratico de propag:ição da lepra. Produziu tão grande sensação e ainda maior interesse a communicação feita por lutz numa das sessões da Commissão de Prophylaxia da Lepra, em 5 de Outubro de 19 I 5, que, im– ruediatamente foram adoytadas as medidas por elle propostas, no Hospital dos Lazaros, do Rio de Janeiro, mantido pela Ir– mandade da Candelaria.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0