ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.

• 64 -- ••. « Y mientras el espa1iol ponia tan serias trabas a la imporla– cion bianca y al commercio euro/)eo, fran 1 ueaba en cambio la entra• da de esclavos africa11os, ra;::_a i11Jectada, perseguida por la lepra, llegando a firmar contrar;tos que establccian privilegias y 11<ouopo– lios sobre tan deprimwte negocio>) ... O mesmo podemos dizer, nós brasileiros, com referencia aos portuguezes . Graças aos grandes progressos da bacteriologia, aos magní– ficos trab:ilhos de Hansen e de outros conhecidos leprologos, não se considera mais a leprá como doença here,litaria Está provado que a placenta normal não pennitte a passagem do bacillo de Hansen; por ser muito volumoso. Desse modo de– vemos admittir com Blanquicr que nos casos em que a placenta é sã a crea11ça de nzãe leprosa nasce indemne. D'ahi nasceu a grandiosa idéa de separar a creança de uma mãe leprosa logo após o nascimento, para evitar a contaminação, pois está ve– rificado que essas creanças adquirem a lepra muito cedo pelo contagio familiar. A commissão de prophylaxia da lepra da Academia de Medicina de Paris, no seu relatorio apresentado ao governo francez, em r 9 q, diz que a lepra se contrahe exclusivamwte bor contagio. Diz que o bacillo de Hansen, cuja transmissão é indispensavel para a producção da molestia, não póde sé r fornecido senão por um doente. A 2.ª Conferencia Internaci'.)nal scientifica contra a lepra, reunida -em Bergen (Noruega) em 1909, mantendo integral– mente as resoluções adoptadas pela r .ª conferencia realizada em Berlim ( I 897), diz : « A lepra é wna molestia co11tagiosa de in– di·viduo a indh·iduo, qualquer que seja o modo pelo qual se opére este contagio.>) Na mesma conferencia o professor Rosolinos, de Athenas, disse : «]e 11te crois autorisé d'avancer sans a11cii11e hésitation et proclamer à hante ·voix l'iJtowlabilité de la lepre.» Esta noção é hoje universalmente acceita. Entretanto Zambaco-Pacha, Danielsen, Boeck e outrns consideravam a le– pra exclusivamente hereditaria. O grande leprologo Danielsen, tão convicto estava disso, que afi:innou: «Se a lepra não é ino– culavel é que ella se trai1smitte por herança .i) Contra essa dou· trina, offerece Manson, como poderoso argumento, a cornrnum esterilidade dos casaes leprosos. Sobre a mesma doutrina diz Lutz: «Do facto de ser a lepra comm,1m em certas familias não se infere a hereditariedade, porque os descendentes não podiam, nesse caso, adoecer antes dos ascenden es, o que é frequent~. A hereditariedade não explica tão pou ·o os ca~os em familiaE cujos ascendentes nu!K:l se contaminaram ou por immigrar de terra indemne ou por não existir a moiestia no 1111.:smo log:n no tempo dos paes)).

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