ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.

tiü - e ·estes de pouca i1nportancia, devidos ao facto dê não terem sido sufficientemente profundas as injecções. , As reacções local e geral são de regra insignificantes e se traduzem por uma senS:1(:ão doloros:1, perfeitamente supporta– vel, no Jogar da injecçâo, e rar:irnente elevação thermica e mais rar1111e1,te ainda a:::cessos de tosse. Até hoje só tivemos dois casos de reacção forte, um no Instituto e outro no To– cunduba, os quaes apresentaram syrnptomas graves de ne– phrite e de intoxicação geral, causada, com certeza, pelos de– trictos do proprio bàcillo da lepra, morto em grande numero no organismo pela acção do medicamento. Feliz□ente o ba– cillo de Hansen não é tão toxico quanto o da tuberculose. Os symptomas àe intoxicação se amainaram no fim de uma semana, desde quando os doentes começaram a melhorar a olhos vistos. Para que o serviço de injecções seja feito desembaraça<la– mente, mantemos no Instituto un.1 consultorio independente · para homens e outro para mulheres e creanças. No começo do Serviço os doentes recusav,1m tomar injecções nas na– degas e tivemos de fazei-as nos braços; actualmente já estão habituados e não se acanham mais. O o!eo tendo de ser in– jectado na musculatura profunda, nenhuma região é mais pro– pria que a glutea. Dezenas de doentes com 20 a 30 injecçõts vão experi– mentando melhoras a1únadoras. De regra essas melhoras só são francas depois de se is rnezes de tratamento, entretanto os nossos doentes submettidos a el!e, apenas ha tres mezes, já as apresentam bem visíveis. Para futuros confrontos mandamos tirar pbotograpbias de rodos os doentes grav~s e casC'Js typicos de cada fórma clinica . Já iniciámos a repetição das pe~quizas bacteriologicas nalguns dos doentes em tr:.itamen to, afim de verificarmos se a reduccão do b1cillo comeca a se manife~tar. Tr11 ta111ento sympton~atico. -Além do tr:itamen to especifico, quasi sempre o leproso tem necessidade de outros cuidados medicas, salvo nos casos muito incipientes . Cad.1 symptoma especial predominante exige urna medicação tambem espe– cial, variando, ás \·ezes, de um para outro doente. Por exemplo: o rheurnatismo leproso, a~ nevralgias, so– bretudo as dos membros inferiores, que são graves e rebeldes, as ulcerJs, as doenças dos olhos, nariz e garganta, e as doen· ças intercorrentes raes como a syphilis, que não é rara entre os leprosos, e cujo tratamento especifico traz beneficio ao do~ ente no pon to de YÍstageral; o impa]u,iis~o, a ancylostomóse, et:. O rheumatismo ceve ser tratado pelo salicylato de so<lio internatnente e salicylato de methyla externamente; as nevral-· gias, nos casos rn 1 1ito adeantados de ]Ppra, não çedem a qual -

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