ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.
durante 30 a 60 minutos. A .::stérilização por fetvu1·a é ada– ptada qu,mdo o numero de doentes a injectar é pequeno. Usa1n-se seringas comrnu·ns, de vidro e capacidade de 20 centimetros cubicos, com agulha <le platina n. 20, podendo ser utilizadas as de menor calibre visto que os etberes ethylicos são bastante fluidos. Agulhas esterilizadas, uma para cada doente, estão prom– ptas numa placa de Petri. Os pacientes em vez de receiareü1 que a injecção seja uma operação um tanto dolorosa, tomam– nà córno um acontecimento festivo e preenchem o tempo de espera, tagarelando, rindo, em algazarra, no jardim que rodeia o posto medico, emquanto cada um aguarda a sua vez. .A região escolhida para a injecção é o quadrante superior e externo das nadegas, alternando cada semana. Um dos doentes, alcunhado «o pintor», applica tintura de iodo no local da inji:cção, numa superficie do tam;inho de um dollar de prata. Esta desinfecçfo preliminar é feita numa sala proxima ao co:-:sultorio medico, para onde os doente<; passam, cada um peta sua vez, rapidamente, sem fazerem o medico nem o enfermeiro perderem tempo. Pelas descripções vê-se que os leprosos de Hawaii são mui~o bem disciplinados. De um lado do operador per:llanece de pé um doente, Sf'rviudo de ajudante, com uma cuba con– tendo bolinhas de algodão adrede pré paradas, e doutro lado o escripturario, geralmente ajudante do laborator:o, com o livro de registro na mão, para lançar diante de cada nome, numa columna · convenientemente riscada e <latida, o numero de • centimetros cubicos do remedio injectados, naquelle dia. E' introduzida toda a agulha para alcançar a musculatura profunda e a injecçào feita lentamP.nte, na dose indicada pelo peso e eda<le de cada doente. . No · momento de retirar-se a agulha o ajudante colloca urna bolinha de algodão na perfuração produzida•, e o doente a manter::1 com a propria mão, fazendo ligeira pressão por al– guns minutos, permanecendo na ante-sala. Emquanto o operador troca a agulha usada por outra es– teril, outro doente já se collocou em posição de ser injectado. Administram-se assim 75 a roo i~jecçõ~s em r a 2 horas, fazendo serviço perfeito. A dose inicial é de r e. c. que vae augmentando progress;va!llente, até o maximo de 3 a 5 c. c., conforme a edade e o peso do paciente. Os pesquizadores americano3 têm notado que após as injecções os doentes têm um ligeiro accesso de tosse e uma pegue na elevação thermica, de cerca de 1 ° c., na, primei– .ras 24 horas após a injecçâo, no maxirno em 3 5), 0 dos doen– tes tratados. Uns se queixam de sensa.ão de formigamento
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