ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.

- 36 - na tuberculose. Este producto é obtido por meio de aci<lo gra– xo não saturado <lo oleo de figado de bacalhau, e preparado por um processo idtcntico ao usz.do para o hydnocarpato de sodio. -A via prefe1ida para as suas injecções é a subcutanea, tendo sido tambem empregado por vias intramuscular e intra· venosa. Alguns auctores consideram este producto ainda mais effi– caz que o hydnocarpato de sadio, offere.:endo a vantagem de ser menos irritante para a veia que aquelle e poder ser usado sem addição do citrato de sodio. Tem sido experimentado por todas as vias injectaveis. O dr. E. Muir, conforme .:ommuni• cou á «Calcuttá Leprosy Conference,J, empregou o mo•rhuato de sadio de Smith, Stanistree t & C" em 117 leprosos, da «Le– per Mission in India)), soluto a 3 %, 11a dose de 1 / 2 a 5 C. C., por vi?.s subcutanea, in trarnus cular e intravenosa. Des– ses i 17 leprosos, 68 eram da fórma anesthe~ica, 3 2 da fórma rnixta e 17 da fórrna tuberosa ou nodular. O resultado do tra– ·tamento foi o seguinte : 33 não experimentar:1m melhoras; 48 melhoraram pouco (7 r %) e 36 tiYeram grandes melhoras (3 r %). Seg;,:ndo o dr. Muir, o morrhuato Je sadio é mais efficaz 110 tratamento da lepra tuberculo~a que o hydnocarpato de sadio. O dr. Ernesto F. Neve tambem empregou o morrhuato de SOliio com identicos re~ultados em lep rosos das fndias. Estudos experimentaes sobre ' va rios olcos de origem ani– mal tambem fôram feitos 110 Brasi l, Yi sando a obtenção de re– medias para a cura da lepra. O prof. Lindenberg e seu assistente Rangf'l Pestana, de São Paulo, verificaram que o oleo de figado de bi1calhau, o oleo de pinho, o de algodão, o de soja, o de~ ricino, o de pa– poulas, o de croton, etc ., têm propriedades identicas ao do chaulmoogra, porém com uma acçã'} 50 .% menos activa como impediente da germinação dos baci l!os du grupo acido-resistente. Da «Margosa Oi!)), o chimico N. Sen , professor em Sib– pura, isolou acidos sraxos não saturados, pelo processo de Tortelli e Ruggeri, com um índi ce de neu tralização egual a 185.89 e o índice iodina egual a ro5.2.8 . O «Margosa O i!» dos inglezes ou <ch uile de nim>) dos franceze s é ex trahido das sement1:s da Arnargoeira, tambem chamada Lilas das Indias ou do Ja pão. O nome scientifico da Amargoeiraé .\felia a;:_edaracb; em lingua Malab:tr--Aariabap()n, Com estes a -idos o prof. Sen preparou margosa tos de so– dio; de po a sio, de calc io, de zinco, de mercurio, etc. Pre– parou tambem ether ethylico da mixtura dos acidos graxos. O ma rgosato de sadio a 3 .% está sendo empregado nas In– dias no tra·amento da psoriasis, dermatite exfoliativa e lepra .