ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.
- 32 - Rogers empregou o bydnocarpato de sodio a 3 %, por vida intraYcnosa, em I 4 leprosos, nos quaes a duração da do– ença yariaYa entre 6 mezes a I 5 annos, todos com n~uco nasal positivo quanto á resquiza do bacillo de Hansen. A dosagem empregada variou de ·1/ 2 a 5 cemtimetros cu– bicos. A reacção produzida nos dorntes foi fraca e os resultados foram os sfguintes: 1 leproso aproveitou pouquíssimo; 6 apro– Yeitaram 11111itr; e em 7 deu-se o desapparecin:en/o das lesões. ~al_guns os bacillos desapparecerJrn e rioutros t{)m:iram-se ra– nss1mos. A média da duração da doença foi de 3 a 4 annos e a do tratamento de 8 mezes. Roge:-s aconselha, nalguns casos, o emprego do mesmo producto por via buccal, concomittantcmente as injecçõcs. A rcaccão febril foi fraca. ·O dr. Percy M. C. Peacock, meJico da Leprosaria de Mandalay, nas lndias, empregou durante os annos de 1916/ 17 o gynocarJato de sodio preparado em Londre,, nos estabele– cimeütos de Smith, Stanistreet & C" em 6 leprosos, por via intramuscular, ora na região deltoideana, ora na glutea, tendo conseguido injectu até I 2 e. e., 3 vezes por seman:1, sem que ti\·esse a lamentar o apparecirnento de abcessos ou qualquer complicação seria. As injccções feitas por este processo são dolorcsas . Na China, em Pakoi, o dr. Bairnsfather tambem empre– gou o gy.'2ocardato de sadio, por via intramuscular, na dose de r e 1/ 2 C. C., 3 vezes por semana. Notou aquellc medico que a injecção causava a~enas um ligeiro incomrnodo durante algumas horas sem dôr aguda nem -inchação. (The Ind. Med. Gaz. março 1918). No mesmo jornal de junho de 1918, odr. E. Muir publi– cou importante trabalho sobre o emprego do Gynocardato desa– dio ccA>i, cm 30 leprosos, de Kalna, districto de Burdw.tn, In– Jia. A Leprosaria de Kt!na, tinln nessa época 80 leprosos iso– lad~s, dos quaes o dr. Muir escolheu 30 para as suas experi– enc1as. Antes do tratamento examinou-os cuidadosamente e no intervallo dos 3 mezes d:t cura repe:iu esse exame. O dr. Muir seguiu a technica dt Rogers, adoptando o gynocardato de sodio «A» a 3 º1:i, soluto em agua distillada, com r % de acido phenico e I 11 0 de citrato de sodio, preparado e esterilizado por eb uli ção num frasco mergulhado num vaso contendo agua. Este sol uto era icjectado 3 vezes por semana, por \·ia in– tra\'enosa, na dose de 1/ 2 a 5 C. C., conforme a tolerancia do doente. Ao mesmo teu~po era administrada, irregularmente, a mesnu droga, em t:tbkttes, por via buccal. A dosagem dada
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