ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.
,. - 27 - saes de sodio soluveis. Fizeram agir estes productos, em varias diluições, sobre culturas de b:1cill0s da tuberculose aviaria. Como sabemos, este bacillo é acido resistente, pertencen– te :to grupo do bacillo de Hansen. Logo a-o primeiro ensaio verificaram que o acido cbulmoogrico impedia o crescimento . do bacillo da tuberculose aviaria na dilrnção de um para 500.000 ! ! Ficou assim provada a acção verdadeiramente es– pecifica do oleo de ch:iulmoogra sobre os bacillos acido-res'is- tentes (tuberculose, lepra). · As culturas do bacillo pseudo-tuberculosus de Fischer e o Lomb:irda, que são menos acido res istentes, só eram impedi– das de crescer em uma diluição mais baixa, um para roo.ooo, eco que le va a crêr que o phenomeno esteja preso á quanti– dade da materia graxa envol\·e11te do gemJen, que e111 vez de proteger o bacillo, como se ria de suppô r, 'attrae p:tra elle o toX!COll . O mesn:o prepar:ido, n:i mesma diluição de um para 500.000 impedi u o crescimento do bacillo d;,. tuberculose hu– mana, cio bacillo butyrico, do Thimotbeo, do bacilio de DuYal, do Streptothrix de Deycke. Ficou l::rm proYada a rsrecificid;;de do oleo sobre os ba– cillos acido-res istentes, porquanto o mesn:o preparado não im– pedia o crcsr:imento de outros germcns não acido-resistentes, taes como os Staphylococcus, os bacillos d:i febre typhoide, do carbunculo, etc., etc. << Este resultado que ia bem além da nossa espectatiYa, já devia satisfazer a nossa pretenção de descobrir a razão de ser da especificidade do tratamento chaulrnoogríco da lepra)). (Lin– denberg). Deante desta documentação scientifica ousará alguem re– petir que a Commissão de Prophylaxia Rural está tratando os seus leprosos por um methodo empírico? Sim, mas sóme nte individuos de má fé. Tratamento da lepra pelo oleo de Chaulmoogra VII Ha talvez um seculo, o oleo de Cbaulmoogra é us:1d0 no Oriente para a cura da lepra, e sómente após a expansão colo– nial européa, no meado do seculo pass:ido, foi que os medicos do Occidente começaram a se interess:.u pelos assumptos de medicina tropical. Na Europa foi o grande dermatologista de Hamburgo, prof. P. G. Unna quem maior propaganda fez desse medicamen– to, tendo arrisc:ido uma affirma\iva que lbe poderia ter sido
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