ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.

A LEPRA ~~ Noções geraes I Syllonimias.-A denominação grega de lepra dada á der-,- 111:ltose de que me vou occupar, veiu do nome indiano Lap, que significa. doença escamosa. Na Asia Central denominavam de Kushta a lepra anesthesica e de Cha10.lw a lepra tuberculo– sa, como succede no continente sul-americano onde o povo designa commummente a lepra nervosa de lvforphéa, e a varie– dade tube:-cL1los1 de lepra propriamente dita. Os hebreus chama– vam .1 lepra de Zaraath, que significa insensibilidade. O gran– de philosopho Aristoteles, que foi quem primeiro descreveu clinicamente a lepra, óra a chamava- Satyria-sis, óra Leontiasis, segundo a predominancia dos symptomas clínicos. Da segunda denominação é que \·em «face leoninan, que empregamos fre– quentemente nas observações dinicas. Hippocrates, o pae da medicina, reconhecendo ser a lepra de importação dos phenicios, denominou-a de Morbus phmicius. Quando as legiões de Pompeu importaram a lepra do Egypto e da Grecia p,ira a Italia, Plínio a descreveu maravilho– san1ente dando-lhe o nome (1ç Morbus elephas, donde vciu pos– teriormente Elephantias:'s. Como h:i duas doenças l:enominadas de Elephantiase, os modernos escriptorcs designam a lepra de Elephantiasis graeco– rum (elephantiase dos gregos) e a filariose de Elephantiasis ara– bum (elephantiase dos arabes). Para evitar-se graye confusão não se deve chamar a lepra de elephantiase, porq 1 1e por este nome designamos a filario:;e. Os arabes chamam a lepra de Dj11dsa111; os italianos de Lebbra; os allemães de Anssatz., e os norueguezes de Spedalsked. Se– gundo narra a escriptura sagrada, muito bem estudada por Zambaco Pacha, Lazaro morreu de lepra e Job de syphilis. •

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