ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.

- 21 - benzoyla e dissolvidos no oleo de olivas esterilizado, é designa-· do por Nastina B e largamente usada por via hypodermica. Tratando-se de um proclucto de germens acido-resistentes,. consrituido sómente por urna substancia graxa, e dadas as re– acções que produz nos doentes póde ser considerado um espe– cifico da lepra; está mesmo verificado que elle agindo sobre os bacillo~ dissolve a sua camada cero-gorduros~, protectora. A Nastina B é empregada na dose de 2 a 5 decimos de milligrarnma por via hypodermica, uma injecçã0 por semana. As melhoras que prodL1z são as \'CZes considera\·eis. Segun– do opinião de grandes especialistas, os antixenDS parciaes, obtidos tarn bem por Deycke, de toda ~i.,bstancia bacil lar, dissociada nos seus cou,ponentes graxos e alburninoides, são mais satis– factorios theorica e praticamente que a Nastina e produzem e/feitos mais duradouros. A vaccina de Clegg e o extracto de Bayon, obtidos de culturas do bacillo de K2drowsky, não deram bom resultado. As vaccinas citadas são de origem indiana! européa e africana. Na America do Std tambem se fez urna tentativa que, como as outras, chegou a enthusiasrnar varios pesquizadores. Trata-se da vaccina anti-leprosa do dr. Krauss, protessor austria.:o, que a prepa,ou em Buenos Ayres, quando director ,.10 Instituto Bacteriologico Arg ~;1 tino. Em fins de i :/ r 5, q1.1ando fai estudar e.11 Montevidéo e Buenos-Ayres a organização dos seus serviços de prophylax:a das doenças venercas, tive occasião de ver no Hospital Muniz varios leprosos em tratamento com a vaccina de Kraus5, apre– sentando algumas melhoras evidentes. De volta de Buenos· Ayres confiou-me o professor Krauss um2. serie de doses de sua . vaccina anti-leprosa, preparada com Clllturas de tres ger· mens acido resistentes, sendo os bacilios de Kedrowsky é de Duval e o Streptothrix de Deycke, para que eu fizesse com ella experiencias therapeuticas nos leprosos do Rio de Janeiro. A dosagem desta vaccina Yai de um quarto de: centirnetro cu· bico até 2 cer!tiu1c.:tros, injectada por \·ia subcutanea, de 2 em 2 dias. Apezar de ainda nãb ter sido publicado o processo de preparação desta vaccina, ô illustre professor Krauss confi• ou-m'o e bet.n assim as culturas dos germens com que foi ella preparada, para em Manguinhos fazermos noyas partidas. Nesse tempo eu trabalhava no Hospital dos Lazaros do Rio de Janeiro, como auxiliar do professor F. Terra, incum– bido da experimentação de uma serie de medicamentos pre– parados no Instituto Oswaldo Cruz, para o tratamento da lepra. · Empreguei em 4 leprosos a vaccina Krauss com melhoras visiveis porém epherncras . Outras vaccinas anti-leprosas prepa-

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