ARAUJO, Heraclides Cesar de Souza. A Lepra: modernos estudos sobre o seu tratamento e prophilaxia. Belém, PA: Typ. do Instituto Lauro Sodré, 1923. 102 p.
20 -· apezar r:le muito pessimista, reconhece que ha casos de cura, na fórrna maculo-anesthesica e m;iis raros na fórma tuber– culosa. Ehlers, o conhecido leprnlogo dinamarquez, em minu– ciosa inspecção na ilha de Creta, encontrou numerosos casos curados. Na França, Jeanselrne te,·e oce1siào de verificar num c:;.so até a cura bacteriologica, e Dubreuille refere a observação de casos curados na America do Sul, Na India, Cbohay, admitte a cura ern 30 ,% nos c.1sos ó fórnu maculo-anesthesic1.. Ton– kin, após a observação de centenas de casos 111 Africa, reco– nhece co1110 muito provavel a cura, após 12 annos de moles– ti;i, devido a peida de virulencia do germen. Para finaliz~r essa, referencias, cito ainda Ha;1sen, o descobridor do bacillo, que tambem acredita na evolução Lfforawl da infecção, ernbo- . ra reconheça que na fórma tuberosa é um facto raro))_ No proxirno artigo es1ud,trei a arçâo especifica do oleo de chaulrnoogra e seus derivados na cnra da lepra e citarei as in– teressantes pesquizas experimcnta<:s foitas pelo prof. Linden– berg, em S. Paulo. Este illustre dermatologi sta é de opinião que a lepra & curavel sobrctudu pela sua affinidade com a tuberculos'.!, não só nos symptornas corno na semelhança dos dois bacillos, ambos protegidos por um envoltorio cera-gorduroso. Verifica– da a Ciusa bacteriana da lepra começaram as tentativas d::! tra– tamento immunotherapico. Sabemos que a imnP.111idade é acti– va quando obtida por meio de uma vaccina (porquanto o pro– prio organismo inoculaé!o reage produzindo o anticorpo) ou passira quando se obrem com um sôro (n este caso o organis– mo recebe os anticorpos preparados por outro animal ). Tentaram obter um sôro ;:inti-L:proso, Carrasquilla inje– ctando cavallos com sangue de leprosos e Hermann e :\.bra– hams injectando em animaes emulsão de lepromas. Os sôros obtidos não deram resultado e pararam ahi as tentativas de sôrotlierapia na lepra. No terreno da irnmnnização acti,·a as pesquizas foram coroadas de melhor exitc. E' preciso ficar sa– bendo o povo que ainda não se tem cuteza se o bacillo da lepra já foi isolado; possuímos em laboratorio varias culturas de germens corr. os mesmos caracteres daquelle, e como em bacteriologia ex:s·e a chamaJa rea -ção de grupos, que é uma theori,l Yerdadeira, os pesquizadore têm lançado mão destas cul·uras microc:an~s pJra elaborar as suas ,·accinas anti-leprosas. l'acâ11as-\ ·. Ros: preparou com substancia extrahida de lcpromas um n .::.:iila a que de u o nome de «Leprolin >>, per– ten ente ao~" ;::o das tubcrculinas, a qual não deu resultado. Deycke pre. aro -om as suas culturas de Strept0thrix leproides, isola o e .c?romas, uma substancia gordurosa a que deu o nome «. ·a :ina», a gual combinada com o chlorureto de
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0