Penna, D. S. Ferreira. A ilha de Marajó: relatório apresentado ao Exm° Snr. Dr. Francisco Maria Corrêa de Sá e Benevides. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1875. 81 p.
A ILHA DE MAR.UÓ. rante este inverno. Encontrando impossibilidade de se· então acom– panhr.do pelos prat;co5 do Tartarugas residentes no Ganhuão, parti para aquelle rio na companhia do sr. Figueiredo que es, erava, d'entre os moradores do igarapé Nasc mento e _outro, a O d, Tar– tarugas, gente com animo ba-tante para s:ibir o dito r:o até o lago do mesmo nome; mas tendo-se frustrado taes esperanças em virtude das exigc!icias dos morad ires, que acostuinados a viver de rapinas e receios rs de que qualqJer melhoramento _d'a,111elles lugares po– desse produzir o desalojamento dos terreaos qu i intrusamen· e oc– cupam, não duvidaram impôr, enire outrils condições onerosas, a de se ,h3s dar dez mil réis diarios a cada um drs quatro destes mora– dores que comnosco devi 1m se6uir; pe o qt1e li ve ainda de voltar ao Ganhnão para ahi espe:·ar pelos pratic0s e mais gent i capaz de veneer as muitas dilfüuldad:s q-ie já linha tido lugar de afJreciar. Ao cab:> de tres dias; estandv a viagem prepara Ja por esforços do Fr. Figueire lo segui, na compai,hia do mesm) sr., da sua fa– zenda denomi ílada Santa Maria, em duas montarias tripuladas ao t'ldo por nove pessoas. Sete dias passamo, em meio das mais terriveis fadi !as atravess1ndo omondongo do Ce,niterio e seg1Jindo depois os estudos do terreno das mar 6ens e leit•> do ri J dJs Tar– tárugas a é a sua foz M Amél.z'lna~. Nada diria, do quanto se soffreu nesta excursão cm :iue, de di1 as ra~ias, as lo : m·ga, vene– nosas e outros insectos n ,s mordiam p Jr ·toda a p.irte, de noite mofüs1cas e outras prag ,se d,a e n,,it i nos ameaçavdm as cobras, , oJças e jacarés, tendo para evitar estl.S ultimo~, de pa~sar a noite trepados sobré assacú ,; se isto não devesse ser lambem tomado em consideração a par de outras razões que adiante exporei pm1 q11e não haja 1ll usã J sobre as difficuldades, que se apresentão na des- • '-b;tru ·ão e rannl isacão de um rio tal. Conduida esta mais importante parle dos mms lr 1balhos, em– preguei os ultimos dias de Abril com os e-tuJos dos mondongos, das Minas e baixas vi,inhas do Cururú para conclu:r est1 minha comm'ssão e conf ~ccionar o mappa qne só agora p 'r graves encom– modos de saude, junto remetto a v. exc. com este m~mofial em que {lnte, de m.tis nada, exporei minhas humildes idéas a rtspeito da FORMAÇÃO DA ILHA DE MARAJO, ESEU ACTUAL ESTADO, Sujeitos constantemente á acção de agentes internos e exter– nos não podem deixar todos os terrenos de soffrer u:n trab 1 lho continuo de forrcação ou def ,rmação que a indu ;tria humana algu– mas ,•ezes pode dirigir, mas jil,nais emb1raçar. O Amasonas pois deveria necessariameate co u s 1 1a, gigantescas corfente~as exercer lima mui consideravel força cont.ra qualquer permanencia de fórma de suas marµ;ens e leito; mas, juntaíldo-se á; do Amazonas a,; do po:Jeroso Tocantins, mtdo ma 'or será sem duvida o scú êffeito e f1c,lmente se porlerá comprehender o pouco que a este respeito déverei dizer. VisilaíldO o profes;or Agassrz uma parte da co~ta S, do Marajó observou que o terreno d'Ps,es Jogares era todo da mesma fo rmaçã >, cont_extur.i e C')mpos·ção dos d,1 Costa qt1e corre da cidade d) P,1r~ até Salina,, o que be n indic1va que o Am1zonas
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