Penna, D. S. Ferreira. A ilha de Marajó: relatório apresentado ao Exm° Snr. Dr. Francisco Maria Corrêa de Sá e Benevides. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1875. 81 p.

52 A ILHA DE i\IARAJO. erescem 'aquellas plantas. Arrancadas estas no começo do in– verno e removida a parte superior do lodo, a força das aguas do Goyapi bastará para arrastar o resto e deixar limpo · o seu ·leito. · Este serviço poderá ser executado por diligencia e interven– ção da Camara Municipal da Cachoeira, recorrendo ella ás pes– soas interessadas na navegação d'aquelle rio, em cujas mar– g~ns teem diversas fasendas de criação. Mandando cada inte– ressado 2 ou 3 pessoas para trabalharem cm commum e sob -a inspecção de um dos vereadores ou ele um dos fasendeiros, a obra da desobstrucção se concluirá em 1> ou 6 dias, con– correndo a provincia com as despezas de coµieclorias e com uma gratificação a titulo ue jornal, o que tudo importará em . 300 ou 400$000 rs., segundo parece. . · E' possível qne na execução cl'esta obra appareça a1g~1ma difficulclade maior, pois, conforme já o disse, não tive -occa– sião, nem méios de fazer um e:rnme da localidade; mas, essa düficulade nnnca será_ tal que se não possa, com·algum esforç(} mais, levar a effeito a obra pelo meio indicado. · Convem observar que entre os·interessados na desobstrue– .ção e navegação elo rio, estü a fasemla nacional elo Arary que, .estou certo, serü a primeira a acceitar o conYite da Camara, concorrendo, para esse bene!lcio commum, com os fazendei– ros, entre os quaes ha alguns que ·são autoridades, officiaes 't_, . da guarda nacional, &, e que certamente se não hão de recusar · _ :t darem seu contingente para um fim tam util. (';111nl de c~goto. No relatorio do cngenheirn, Sr. Gl)mes d'Olircira, estã(} consignadas as suas idé;i's sobre e,,tc ponto, e penso ·que n'ellas ha arcordo wm as in•li-· aeõcs cl:i commi~são de en– genheiros proviuci-les a que m 1 r·eferi. Não creio possivel achar-se outro meio que não soja o cana l de esgoto. p:.ira as aguas pluviaes; a q1Je3tão unica que pode apparecer a este respeito é quanto ao numero de canaes a abrir-se. ne r 1 ectindo sobre a tendencia pronunciada· que as aguas superabundantes e accumuladas no centro da ilha mostram para se esco;irem pelo larlo do rio rias Tartarugas, e, considerando quanto imporh, em questão ele obras tam uteis, observar e seguir as indicações da natureza, não posso deixar de insistir-– pela necessidade urgPnte de descortinar-se os terrenos, ora obstruidos, d'~quelle lado, rasgando-se através d'elles canaes . ligeiros ou simples regos que conduzam pouw a pouco a&

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