Penna, D. S. Ferreira. A ilha de Marajó: relatório apresentado ao Exm° Snr. Dr. Francisco Maria Corrêa de Sá e Benevides. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1875. 81 p.
A ILHA DE M.Al\AJÓ. 7 de i;ecursos, tudo conspirou-se para este resultado, resol– vendo a commissão regressar no mesmo dia (3.~ de viagem) ,em vista das razões já indicadas. · Comtudo, não ficou inutil à somma despendida com esta diligencia, porque a commissã'o, pondo ém contribuição os ta- • lentos e erudição dos s~us m'embros, apresentou á presiden– cia um bellissimo relato'rio, fundado sobre diversas hypotbeses, · ,e no fim indicou os estudos que convinha fazer-se p·ara a abertura d'um canal de esgoto que sirva ao mesmo tempo para a navegação. ' E' esta indicação que dois annos de,ois foi apresentaàa. e .adoptada em um prpjecto na Assembléa provincial, sanccio– nada e convertida em lei sob n. 819 de 22 de abr.il cl,e 1874. Na mesma occasião foi adoptada á lei n. 821 que trata dos reparos e obras a fazer-se no canal de lgarapé-myrim e no Furo do Pagé ou de Marapanin. . Alem d'estas leis, estava tambem por executar-se ,o art. 14 {inspecção das escolas primarias) do regulamento de 13 de j~neiro do mesmo anno. O illustrado, recto e zeloso administrador da província, o sr; dr. P. Yicente de -Azevedo, bem via que a execução d'eslas. ,d_isposições -não podia deixar de trazer grandes despendios ao thesouro; mas s. exc. reconhecendo tambem a utilidade e mesmo a necesddade das disposições decretadas, não podia ,deixar de pôl-as em execução. Reflectinclo sobre o assumpto com, o seu bom senso pra- · tico, julgou que o melhor meio ele conciliar o cumprimento d'este dever com o estado ruinoso das finanças, era incumbir a execução •d'aquellas disposições a .uma unica pessoa com um auxiliar indispensàvel p'ara os -serviços especiaes, em vez de ,epipregar um estado maior de engenheiros, co"Qductores, re– -~eiros, etc., o que importaria despesas consideraveis sem a .compensação de um resultado mais satisfactorio, como a pra– tica o tem mostrado. Alem d'isto, o sr. Azevedo, como alguns seus antecesso– res, tinha julgado ser de conveniencia publica a continuação do estudo. da Geographia physica estatística, e recursos da provincia, por ser berri sabido que, sem o conhecimento d'es– tes elementos, é impossível haver uma adminií;tração provei– tosa ao paiz, por mais habil e ex.perimentado que seja o admi– nistrador. Guiado por estàs idéas praticas e economicas, aqueJle dis– tincto e honrado administrador, que tamhem tinha apreciado os meus trabalho5 sobre ·a província do Pará, encarregou-me .de continual-os nas comarcas da Ilha de Marajó, incumbindo-
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