Penna, D. S. Ferreira. A ilha de Marajó: relatório apresentado ao Exm° Snr. Dr. Francisco Maria Corrêa de Sá e Benevides. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1875. 81 p.

38 A ILHA DE l\lARAJÓ. sade particular tem n'isso mtJita influencia; mas o que .mais concorre para essa falta de inspecção é o nenhum interesse ou o indifferentismo da maioria dos, delegados para com o pr0gresso e vantagens da instrucção da infancia; é a respeito d'estes e d'esta sua conducta que se póde dizer ·com o autor dos Luziadas : Tão rudos e de engenho ,tão remisso Que á muitos lhes dá pouco ou nada d'iss~. Emquanto se não obtiver uma resenha exacta ou uma es– tatistica regular da frequencia nas aulas, penso que tudo quanto ..se disse, dizem ou disserem os relatorios da Directoria Geral apregoando qualquer sensível progresso da instrucção da infân– cia, deve ser recebido com a maior i:.eserva- ou posto em qua– rentena. Que o livro de matricula se encha de nomes de alumnos em 2 ou 3 annos, como na maior parte das escolas, ou que se con– serve pela maior parte em branco durante 20 annos, como a– tontecêo nas escolas de Mazagão, Cachoeira, Igarapémirim e Cayrary, não é certamente cousa indifferente para o regimen e hoa direcção do ensino, mas não é assumpto de grande impor– tancia para a instrucção; •O que importa muito, o que é essen– cial eindispensavel para se avaliar o progresso real da instruc– ção é afreqnepcia dos. alumnos; e para se obter uma exacta .ou quasi exacta estatistica da frequencia não basta o que fazem os- delegados actuaes, mas basta que se faça o que elles não fazem: - •

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