A Estrela do Norte 1869

• • - A ESTRELLA DO NORTE. '157 outro porto da cos ta, o capiLCLo mostrou to– mar a direcção de uma região mais di stante. Era difficil conj ccturnr qual o ftm qll e a isso o levava; mas os poucos passagc iro~ que iam a bordo inquietaram-se com isso , e se– guio-se sél'ia altercaçãô . Uma tespes lade fez cessar a desordPm; o navio andou por al gun s di as á merce dos ven • tos, e finalmente fez-se cm pedaços sohre um rochedo perto de Chypro . Como Satyro, l\l iriam aLlribu ii i a sua ch e– gada á praia a salvamento, {t preciosa relíquia que levava. . · Pareceu-lhe ser a uni ca pessôa qu e havin sobrevivido; pelo menos não viu mais nin – guem que se ti vesse sal \'O. Al guem, que por acaso e ·capou, vo 1 lou a Antiochia, e contou, que ha viam pereciu o os outros passageiros do nav io, e a sua tripul a- çiio. i\liri am foi recolhida, cm terra , porhon1 ens que viviam dos despoj o~ dos naufragas. Só– sinlra, e sem amigos, nada podia oppo r; e foi vend ida a um me rcado r de escravos , le– vada a Tarso , na terra fi:-ine, e ahi vendida a uma pessôa de di.stin cção , que a tratava com bond~1de . Pouco tempo depois, Fab iola <leu inslrueçõc;; _a u m dos seus agentes , na Al<ia, para lll c:comprar uma escra \ a, de cos– t umes polidos , e ll e um carac ter vir tuoso, "lC fo sse p<;:,; iw l, p r qualquc1· prcc;o que foss e, poi s e a 1·s1wt.: i,1 l11 ie ntu par: L l1·atar d t• -rn a !il ha; e :\1 r iam sob o 1,0 1n e dl' Sy t"l \' eiu trazer ú salvai.:ã, ) ú ca.,ia de seu seuh~r . da irmã do devedor, e p01· isso lhe disse com urbanidade : -Qualquer quantia de que Fulvio vos s8- ja devedor vor será pontualmente pn. 6 a, sem attender a outro ju.ro que não seja o legal, e desprezando os vossos contractos de usura. -1\las, nobre senhora, attendei ao risco· que eu corri. Asseguro-vos que foi rasoavel nas minltas exigencias. -Bem, replicou a dama , procurai o meu mordomo, e entendei--vos com elle , sobre c~.se negocio ; d.ar -lhe-hei a&minhas ordens, e ficae descançadJ que não correis risco algum. Cumpriu immedialamente o que promet– tera , dando ordem ao liberto, que ge ria os o,; seus negocios , para pagar a somma que j ulgasse legal; o que reduzia a duvida a me– tade da quantia pedida. Em breve confiou tambem ao mesmo mordomo a custosa tare– fa de examinar a escripturaçiio de seu defun– to pac, para que notasse tudo quanto seu pae hou vesse extorquido, e que por isso deves– se se r restitui do. E mais tarde, sabendo que Co rvi no , ti nha effec tivamente, por media– ção de seu pae obtido o decroto imperial que lhe confi rmava a posse da fortuna de sua prima , !li vrando-a de ser confi scada, recu– sou vc-lo, mas mandou-lhe tdl recompensa que lhe 0hegaria para vi ve r bem o res to ele seus di as . Teru1inados que foram es tes neg·ocios, vol– tou de no\'O a occupar- sc dos cu idados que o cslJ.do da doPnLe exigia, e dos preparati– ,·os para a sua iniciaçü.o na Igreja cluistft. Para fac ililar o restabe lecimenlo de Me- Poucos di ,t'i cl l·poi s dos arnntl' 1imentos riam, fe l-a conduzir , acompanhada por al– que rcladu llos c1 11 o no: .o ulli mo h tn ituJo, guns dos fami lia,·es de sua casa, para um lo– vieram di zet· a. ~'·1 '. Ji" L1 , q111· um· Yc lho . dan- !.{ül' que de ambas eracaro- Vi ll a Nomcnta. do rn os lt·as d1· 1\ 1 H] r• ú11i1 ·c.;ün. ( Yenladeira Co111 eçan1 a primavera: o Iogar que el es- ou fah;a ) ,lcsl'ja;,· f,illa - lhe. Li na ram para o rPpouso <l e l\Jiriam rm proxi- !\landou-o L•1drn , p r;.. !rn tou-lhr o sr u rn o de nma jancll a , e uas l1orns rn,1 is calmo- uume, e a sua profr.:,;ú:1, e Pile r·l'pli"ou : zas do d ia levnvam-na para o jardilll, onde , - O mc·u nome, 11oi ,1·e st·Hbora, l! Ephrn- te ndo de um lado Fabi oln, o do outro Em– i,u ; e son c,·ed or de urna avu Itada so ru u1a, met·~nciana; acompan~arla8 pol' Mo]osso, ga rant ida com a l'ol'l nna d:t fiuada f}1ma lg- que .1unto d Pll a,; se d"1h va sol· i•g·· tdo, con– nez :-fortuna 1Jt1C llil puuco ouri,liZl'r pas- v~ rsa\ am sobr·P os i1t11 ig·o , qn <· It a \·iíun pcr– :-;ou a se r voissa; wn li o pedit·-, os o pa:..;·amen- ~i do , c_sohL"el n~l o d'aquel la qu e 111 ai8 t•ro– to <lo mru cr1•clito, st>11 1u qual firo nerrlido ! lund a rn1pressao Ih rs deixâ ra na rnemc'l·ia. -Corno ,·. p 1 1 ·,i,Pl '? p 0 rg-untou Fabiola, Todas as vezes qu<' p1•<rn unciarnm o no- ,:0111 r !"pa1Jl1 1 , nii•> pn~so ilCl'Cdil; r que n1inha 111e <lü Ignez, o e.lo levan ta\'a a ,·abcça, para pi·i111a contr_;·his:~e Jivi_d, 1 ah·urua. e:::;cntar, meneava a cauda, e oll,ant l' lll tor- -Nfo to1 r,JJa, 1·epl 1t;ou u u.;nnuio, p<·1·- no <le si Mu itas vcz1·s COll\'l'i'Sil\',un Pll) a;.;– lu!'l)ado; mais !'Ílll um_ 1 lílTti·eho rhamadn sumptos concerncnl cs ao ehl'isl,iauismo, e Fulvio, a quem HS p 1 i1H·1t:dallt--. pt•rl,•n<·i,1111 l\1iria111 cxplic·n·a, com modo hrnnilrle e dP::;– pt•la confisc;u;üo; ! 1 •nrlo-lt1P <'H adi<.1.Hla1fo p1·eteucioso, mas com aquclle . lliar que en– "'"au<lP~ qu_aHL'.as sf)hr 1' 1 lias. . 1e~nt~v~ Fabiola, as tloull'Ínas ensinadas por O pr11n-·u·o 1rnp11l ·•) ria d 111a 111 m·n1di.r 01on1s10. p111• i'ÚL'1L da po ·ra a.1~H·l}e li0mL•t11 <lf•!-:i 1 ,t·t•::1i- Assim, pol' exemplo, 4:ua1ulo ellc havia vel; 1,nas lugo lhe , c1u tl 1r1entc u lcllJhrança folnulo da virtude e significaç,io do sig-nal da ,

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