A Estrela do Norte 1869

, ' . A ESTHELLA DO l\ORTE . '15 J mc::::::r; AMA• Era casado com uma senh ora de exempla- seus philosophos, alguns dos quaes eram rcs Yirtudc::;, que ' abraço n e se3·uio o chris- emincnles no christianismo . tianismo, secr etamen te primei ro, e depois Annos mai s tarde. quando Orontio che- • com duvidoso consentimen to de seu ma- gou ú virilid ,1de, tendo jú desenvolvido oca– rido. Dois filhos que houveram de suu união, racter de que era dotado, perdeo sua mãe. um menino, e uma menina , foram educados Antes de sen tir-se proxi ma a deixar o mun– por esta respcitavel senhora . Jo , linha ell a prescn lido que a fortuna de O primeiro que tiMhao nome d-· Orontio, sua ca~a esL1va arruinada, e não querendo deri >1an do do mais bcllo rio qnc banham que sua filha fica . se en tregue ao g-en io pro– a cidade, linha jú 1G annos <lc idade, quan- <li go de seu pae ou ;'t ambição e egoísmo de <lo ::;eu pac desoohrio qual e1·a a religiüo qnc seu ir rn üo, para evitar que a inclin açfLO di s– seguia sua esposa. sipadora de ambos n deixasse na miseria, Tinha omanceho rccehi<lo de sua müe , a legou-lhe a grande l'ol'tuna que trouxera instrucçfw do christianismo e com ella htn·ia em dote, da qual pod ia dispor. ncsislio a seguido lodas as prat icas <l esta re li g ião, cu_jo todos os es forços, e artifi cios que empl'cga– conhccimcnto l<Jrnuu-se tfLO fatal aos seus ram pai·a induzil-a a mudar de proposito, i rmãos, fazendo <l'elle uso Uio pcri;·nso. fazendo entrar a sua fortuna nos bens com- Não l1avia n,aquella alnw lüo j owm1 a muns, para diminuit· os embaraços com que mais leve incl inação para praticar as bcllas luctasa o chrfc da familia . doutrinas da creru:a de sua mtte, nem para E, cm seu lcilo ele morte , cnfre outras receber a agua do haptismo . Eea obstinado, 01·dens, que ped iu fosse m curnp1·idus como e astucioso, e inc 1p,lz de reFimi 1· na rncno,· sua ultima vont ,de, ordenou a Miriam, que i.; owm as sua;; dcso1·<lenadas p: 1 i.. ü •s, a qtw logo que tiressc idade de tomal' posse de dava livre cur~o, off •ndendo a rnorali<la<le . seus bens, nada alterasse do qu" a seu fa-rnr Só cuidava em (l" stin?·uir-f-:P no m ,rndo . prn- !iavia disposto . Cada dia peioravarn as ci r- 1;urundo entr,g·ar- se a to<lus os prazer·cs que runslan cia:, ; os cretlores insta mm; as pro– para ns almas corrt'ptas ofterece a dcrnssi- pt·icdades haviam sido kvianamente h ~·po– cLi.o . thecadas; qnando um pcrsonag-cm mystcrio- :\ s·rn cdu('ac;ào li tterar ia foi esmr!ra- so , chamado Eurotas, appar·cccu na famil ia . <la:-alt'•1n da língua g-rr{a, que cntüo sP Nini,u(•m, ú excl~,("i.o do chc•fe o conhc– J'alla,.t ;,cral111cnli· ''lll .',nt ·ochia. conl1ecia eia; c•cslc c11nrava-o como ~t' a'qnellc in– .bcm a iatina, (JllO f'a'lava :.::rn..:ios t <' corrcc:t 1- divid110 í'osi.,~ Pª"ª <'l!t' ao rnr.smo tempo menlc.·, to 1n u j;'t ,·imos. tljH'llaL' l'L,rn ·rn: lc- 1u11a lH•1u·:-to <lo e ·o , e 111n slv,.•ma :-o men– \"l' a~i.:P11l.o c•.,lra11g·pj,•,). O(liall'l'lo pall'iü. <'ra s; g, iro d'a .~:;lv:ic; üo.-e <la'ruina. pela ~u:1 familia usado pa1·a rn1_11 t'.:-.. hl 1·,·,>~, O leitor ,iit conhe<'e oparunt<·sco de Euro- ou cm alg11111as < om·c1•:-.:11J>P.; l:ui1d1,n <•~. lns: ac:f'n•scpntarcmos apenas q110 , era o it·- Orontio fiuJ11 s,.tli· f('ito quando :t'êl p· 0 rnfw mais ,clho; mais, comcncido de que o retirou do cuidado de ,'ua 1.iw. e in.,;istio o seu nu·ac lcr, bt'll !-CO, arrogante, e sinis- - para que sc~uis:c a 1•nlini(to tlor,1iniinlc. Em l~·o 2 niio P1·a . propr~o ª. ~rpt'!':-.enlar n~ '.) po– quaato ú ·1lt'n·na,.q 11; Ln'm m0110•; trez,rn- :;1ç,t0 <lc chci(: Jn familia. e a a<lmqw,tl'ar nos <jUI' i l l ir nno, ~l'Ü p·w nar\t !"~·,: a C:-,.•(• ir, nquil lanwnlc as~- 1, 1 proprirda<lc.:r: P IC'ri– l'P--ip ilo. . du al1•1n cl' if"so a gran lt> ambif_'üo dr• Plt•,az· Con,:idl't·;na ell urna lour•H·a. irnpropt·ia a sua rn.-a a maior nohreza e expie 11do1· • ., de um homem si ·11 lo. pPn ;ai' muito em rna- au!1·111r•nlar a riqueza ([UL' haYi1111 h cd ado. ln~,.· dl· reli•;i'i.o. t' julg,na ~obr1• l11du fra- contcnlon-se em tomar nma ;><' [li ia ,·l)ITl – <JUPsa '!1' P~pirito 1mHlar. ou ahandona1· a do ma, para emp re~ar como Cill ilal , <· dl'. appa- 1cu pa1z. l'<'LPU por algun,; ann11s. qnc· emp1'L"'OH 1.o A', mulhrrrs, por«'m. 1'01110 .. 1ais l't,r 1 , 1- t1•afico do inl<·1·i01· da _\ ia. tiea e mais r:n1n·iehcsns Pm H'Uss1 ntimen- PP.nr lrL1t1 !hl lndia , t' na China. e voltou lo:;, tolrraw o 11uc no :--C'll 111odo cfo pensai' t'.Olll uma i111mcnsa fol'tuna, (' 1mH1 collecl'ào tlu.marn plianl.tsia,;, yo1· 11iío lhes dar a rne.s-1 dP ral'is, iuias joias, que scl'\Íram a auxi– lllll i1 1pol'lnncia. Fui _1 lo f]Ue o krnu a 1wr- liar a l"api<la carreira que encetou seu sohri– rni~ii1· 11ue l\liriam. w.10 nome era dl' o, i;..;r-111 1d10; lernn<lo~o comtndo a it' buscar a Ro– sy1 ia, pl'elen<lr11do sua _mãe a un~a ri('a '"a- rnu a sua rui na. Em vez de uma l'ica fami– mili·1 de· E<lLs,a, sr{Ull· ª rei• ,,to t ,lNL- li,a, A qu.al a sua fortuna seria supPrflua, 1tl ia. . hurotas so achou uma casa chl'ia. de tli-vidas .\1<'·111 elo g1·antlq lalPnta dl• q11r Pra dola- para salvar dfi ruina. tl:t lol'nou-,,,- l\tiriam um modl'lo UL' \il'lu- O orgulho. porém, da dio•nidade da sua <lcs. E,:a c•11.t;io uma cpoca l'lll que a _c~1lade familia animou-o; e <lcpoiide asperas re– de Anl1ot:lua em celebre pela crud1~ao ele prelu!nsões, e colci-icos debates entre ellc e , •

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