A Estrela do Norte 1869
• I 11 O A ESTRELLA DO NORTE. tamente mandado em busca do medico, que ccnsummasse um crime; e diligenciando fa– sempre tratava de Syra, quando estava en- zel-o, revelou a Fabiola os seus verdadeiros ferma,-Dionisio, que, como já dissemos, nomes, e o grau do parentesco que entre vivia em casa de lgnez. ambos havia. No entretanto, Fabiola teve a g rande sa- Cégo pela colera recusou Fluvio dar-lhe lisfaçií.o de ver que o sangue já não corria tão credito; mas as palavras que lh e dirigiu na rapidamente, e que a sua serva por alguns sua Iingua patria, significando: c<Le,nlmt-te momentos abrira os olhos, e a fitára. Daria da mi11,lta fa.ca barbada que apanlta~te », trou– lodas as riquezas do mundo, pelo meigo sor- xernm-lhr ú memoria uma honi\"cl m:entum riso que acompanhou aquolle olhar . acontecida Da sua familia, t,-LO horri\·el que. Em poucos minuto. o bondoso medico I se um abysmo se ab1·i sse íÍ seus pt'•;.i, teria chegou. desci<lo a el!c, para occultar a Yerg·oniia e o Examinou cuidadosamente a fc1·irla, e remo,·so que o roía . mostrou que nü.o o preocupava o aspec to que Pa: cce 1·á tambem c ·tranho o ::-aberr11os <JU, • entüo apresentava. nflo t1 H!sse rnostmrlo a Orontio aquel la i'Oli- 0 golpe, pela direcção que lo\'ava, teria quia, g~iardanuo-n.. de,;<le que a recuperou, , arado o coração de Fabiola . como um objecto sag-raJo rnuttendo-a r o ..:eio Porém, a sua amavel serrn, apezar da pro- quando tratou <los seus JH'eparali rn,- dL via– hibiçfLO, tinha-se conE-ervado dUL'ante todo o gem, 0, quando tirou a adaga, a l'a.·a veto dia proximo de sua senhora; sem mostral'-SC jn11clamcnte, ficannoumbascah idasnorl1ão. rnas desejando achar novamente occasião, Dionísio, logo depois ele pensar a forida p:tra aproveitar irn~ressõcs, que 1 ~s ~cenas de S~·ra, e do minisLrar-llw al~·uw: cordial's, claquella manhã dcvmm ter pro<luz1do. para a ·lazc1• recuperar os sentido~, ordenou De uma sala contigua ao quarto de Fab io1a que a doente se conservasse no maior soccgo; ouvio as imprecaç:ões violentas de uma voz vendo ral'issimas pessoas . para evitar qual– que lhe era muito fami liar; e sem fazer o quer commoçüo, que poderia ser-lhe f'a.tal; menor ruido, encobriu-se com o repoc;teir o e que asc;irrfpermanccess,! até á meia-noite.• que vedava a entrada do aposento de sua -;e- -Eu virei, ac1·escnntou ell e, de manhü nhora . · . . muito co<lo, para l'Htal' --:ó por algum tempo Syra conservou-se assim escondida, no con. ·• <loenLe.-Dissc alg-umas palavra~ ao mc_smo Iogarondc, alguDs rnczes antes, lgncz 01..t\:ido ücsia, qur parecJram rranimal-a a trnh~ consolade. . mais do que os remO'lios applicados . bri– Ilavia pouco que ah cshva·quando come- lhnnd1J em seu rosto um angel ico sor-riso. rou o desfecho da ultima scona que dcsci•p- Fabiola 01·denou qnc deitassem a enferma vemos . . . , . 1_ em seu p1·oprio h'ito. e, in~tn.lando os srrrns Quando o assassino derrubou Fal.nol<L, co de que jJOtleI"ia cai·ec~r, na sala immediata, locou-se atraz delle; e, vendo-o levantar O reservou són1ente para si o cuidado <lo fra– hraço, deu um pulo .e collocou-se enti·c ellr tara sn;i peop1·ia e1-,cra va, ,~ quem apenas ,,1- e asua victim~. . . . 1:un? mczcs anlc" julgaya nüo derl'r a meno1· 11 r~olpe cah10, mas, desnado pc·la pancad,t ohr1ga(.'flo por a haver li-atado con 1 carinho que no salto lhe havia dado no braco, acci·- na sua l0•1~·:1 e111'en1li<lade. Contou a todo: !ou-lhe na garganta, onde, apezar 1e _resva- corno a fel'ida tinha sido receb ida, oecultan~ lar no,· o~sos, abriu uma profunda lerida. do, ('()Jlltudo, o parentesco 'lllC existia entre ~~:io carPcemos dizer quanto lhe cu st011 o ·1Pu uata;m11ista e a sua deft•nc;ot·,i. Ainda, r te ~acrificio. tJUe ~e• ,;entis-:e canc:l<la e com fchre não 1 'ão era o receio da d1'tr _que ia sentir, nem <jlliz dei: al' pnr nrn ;r'l rnomPnto a cabc·,·eira o temor da morte, que, s1_que1· por u~ rno- da doe11tc; e s<·• d<•poi:,; <le ter dado meia-noitt. mc•nlo, a dctinha111; c•1·a o ho1·1·01· <lc unp_n- e de u10 tel' quL minist1·a1·-lhc ma is remedio rnir na fronte de flCU irmfto o sligma de Cam. algn1, . H' redínou sohl'e mn <·ochim junto tornando-o duplamente t'rntricida. qur a do IPit0. '· magoava. (CunliníHL.) Era-lhe mi~tcr, corntudo, ofl'el'cccr sua .. '¼, ..,..a.-. vida, pura salvar a de sua senhora. lua dialogo intere!'IHRnte. Luctar com o as~assino. de quem conlw eia a for~-U. e agilidade. teria si<lo inutil; gri- -Onde vaiti)O apre . ailn. nH'11 · V<'lho The– tue por _sot.,ror1:o, antes que o golpe falai c.'1is- ophilo'! om a ·:::en!c-s_ •. e Lol'a a pall'oucar Re, ara 1mposs1vel; e o unico recurso que lhe I um pouco, P ~01110 cl1z o poeta: !'estava era receber o s·olpe destinado a outra I SoHPmo.. df'-.:ta vez o fio :i ltnt:"ua. \ictima. . • \ -:a<h, hoje,·. domin~o, \ l ;í ,'{, Otl\'it· Ainda assim, quiz C\itar qne seu il'Il1ão a minha •Iis::;a . •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0