A Estrela do Norte 1869
8 A ESTRELLA .LDO NORTE. --==.<J.'.4 A NA-#4 i AI- O ;p .,..,.,..,. No di a segui nte , ao levantar- se, encon– trou diante da porta um cesto granJc ch eio de roupa, de virnres e dinheiro, sobre o qual estava um papel em qu e se liam es tas pala– vras : - Resposta de Deos. Poucas horas depois sé apresen tou um me– dico encarregado de assislir aos dous enfer– mos . Veja- se pois se a carta da menina havi a ou não subido dir ectamente ao céo, ou pelo menos sido recebida por um de seus anjos . E ' pena que na terra não haj am muitos co- m o aquella senhora . ' (Extr.) CCDu•onice.n . Abi despon ta outra vez, benevolo leitor, bem as– som~rada e au spicio~a, por en tre cspê sas nuvens de d1fficuldades vencidas, a nosso. boa Estrella ! Bem h aja, e sej a para todos bemvinda ! Não é ella comG certo_s cometas, de cau_da mais ou menos longa, que depois de fazerem mmto barulho, depo is de fazerem empalidecer de su sto a muita g·ente somem-se na profunâidade do espaço sem deixar rlsto de sua pas– sagem i é um ast~osinho , vós o sabeis, todo mod esto, e CUJO mflu xo é t~o sereno, quan to fecundo. Oh ! po– nha-lhe Deos a virtude l Mas como JJeos disse · Faze de ~ua par,e que en te aj udarei, n ão po upará csfoi!ços a socrnda~e ~ É E LUZES para ~ornar esta publicação cada vez mais digna de vosso rnteresse. E' tudo o crue vos podemos prometter. • Comecemos pela g uerra. Grandes Latallrns gran– d_es vic_torias I M~1ito sangue dcrramn::lo, m ulta glo– ria ?b llda I aiegnas_para toda a rn1ção, lagrimas para 111u1L11s familrns I Ei s o res umo das ulti mas noticia . Segundo a 11arte of~cial do \larquez de Caxias ú uma h ora da noite do dia 5 do corr ente fez cllo embarcar 8,000 h omens abordo dos encouraçados e monitores da esq uadra, sob o commando do general Argo1o. A esta col~mna, que desembarco u n as barrancas de S. An tomo, 2 leguas acima de Villcta, veio i'eunir-so ou tra, sob o commando do Cer oral Vi ronde do 11er– val_ e do mesmo Lxm. \larr1ucz. 'o dia Gcomhiite re– nludo, em que as posições ,·antajosas do inimigo são tomadas e r etomadas lres vezes, apesar dos obsL,iculos tremendos_qul:l a disposição do terreno oppunha ao valor heroico do. nossa gen te. Ficou o campo j unca– do de cadaveres. Depois de algumas manobras ha– beis, mas retar dadas pelo má u tempo, nova JJalalha e muito ferida no dia 11 , junclo do arrôio Arn!Jy. o "' ataque, começo.do com grande denodo pela di ,;isúo do Visconde do Herval, general i ou-se, e depois àe 4 horas de fogo nutridissimo, a ,•ictoria se decide cm favo r de nossas armas. Foram feridos o mesmo in– trepido Visconde por uma baila na maxilla inferior, o General Argollo, assim como o Coronel Caldas e o nosso Gurjão. o valente coronel Hermes foi morto. llouvc, nos dous combales, entre mortos e feridos ci'•rca ~e 3,000 l1rasilciros. 23 peças de artilharia, 6 bandei_ras e muita~ munições foram os tropheos des- 1..1s ass1gnalada~ v1ctorias, c1ue serão coroadas proxi– mamente, nós o esperamos, por uma paz gloriosa p~ra o l~1peno e set:s aliados. Deos o q11eira ! Lopes, dizem, Juglra coi:n poucos homens para Cerro Lcon. Esperemos que a esta hora tenha fugido do Para– g-uay ... E. o m,Lis é que não nos deixa muitas sau. eludes 1 • Uma parte cousideravel d::i populaçfo da nossa capital manifestou seu rigosijo, na noite do dia 7, ao receber esti:1s ~alicias pc\o paquete amcril!ano. o verdadeiro cntlrns1asmo, porúm, o enthusias- t * .a::.::cw:::: , ' tii9 5-W# A ;a !110, _,Jue, como 1· ma flamma, se commu nicarú ao povo rn teiro, _e o fa r~ es tremecer nos tra nspor tes do mais v1vo .1uln lo, tera Ios:u~ quando r ecC'bermos, o q ue serú LrcYe, a fau sta noticia do acabamen to da g uerra . S. Exc. Il. vma. o Sr. Dispo, colhe u de sua ultima viagem á côrte do imperio alg uns ben efi cias para a diocese. o governo imperial llrn man dou dar no cor – r ente exercício 5:000: 000, para os co nce rtos do semi– nario rleS. i\ntonio. Uma lancha a vapor foi mandada pôr, pelo minisLcrio da marinha, á disposição de s. Exc. I{vma. para a vi ita pastoral; facilitando-se as • sim cad a vez mais esse ser viço tão importante ao pro– g rc so do Christiani mo e da civilisação. Obteve tam- · bem S. Ex . nvm. o co nvento do Carmo desta capital para nelle fun dar u m nsvlo de infancia des valida. No p ro ximo numáo· p ublicaremos a lg uns docu– mentos con cernentes a estes n egocio . Está collocado cm um dos altares la teraes de nos– sa hella Gathedrâl um painel, r ecentemente chegado da Italia, onde foi encommcmdado por S. Exc. nvma. ,E' uma copia bem acabada do S. ~l ig uei, primor h 'obra do celebre pintor Guid a lleni , e cujo original se admira n a Igrej a dos padrci- C:ipunhinhos em Ho– ma. s. l\lig uel victorioso recalca para os abismos a Satanaz acorren tado. A forc;-a e a graça q11e translu– zcm no semblan to e no porte do Arch a n.i o, o grandio– s e bello horror de seu adversaria venciclo, contras– ta: 1 de u ma man eira sublime n 'csta grand e campo– si o arlistica. Convidamos os amantes do. pin tura a la nrem u m olhar n 'aquelle for moso painel, que là cst rotestan do contra seu s Yi sinhos, pobres el'ostas ( é ermo technico) cuj o colorido assanl1aclo e des– har onico é ainda aggra vado pelo incorrect'J do de- senh Quando desapparecerão d'ah i. aquellas feal- dade Seria cousa tão fa cil su bs tituil-as vantajo- sam&_ e ! O bcllo quadro de S. \\lignel custou apena - 400:000 r éis ! Quando se compreh endcr a n ecessidade de cm– belcznr um pouco a n o sa catheclral, tão nua e tão dusornada, a cousa se farà por si n,esma. O Rv. Cura e alguns bons parochi anos da Sé jà deram o primei– ro impulso, cooperan do para a acl[uisição de lo qua– dro ; esperemos que este movimen to serà continuado, com o q ue m uito ga nhurà. cm esplendor o primeiro Templo da provincia. · Consta por car ta s par ticulnres recebidas do Exm. Bi~po de c oxaz. que breYe teremos o prazer ele pos;– su1r entre nos este benemerito l'rclado, que descera. pelo Araguaya e Tocan tins, a tractar n egocios impor• tan tos de sua remota diocese. ~ Obs e r , ·açõe11 tl1e1•1uo111eti• ic11s, MEZ DE J,\~EIRO. 5 h. d:i munltã. 2 b. da tardr. 5 h. da mau!J:l. 2 li. da tarJ,,. Din. Graus e. 2 28 3 21, - li. 28 5 26 6 25 7 23 8 25 Graus e. Dia. 30 o 32 10 31 11 ~9 1:! 30 13 30 H, 31 1:i ~ ~VIZO. Graus.e. Graus e. 2l 30 2', 3l 2J 2tf ::!J 30 21, 32 2.', 31 ~3 29 Todos os artigos que não tiverem a nota traduzido ou e.1:tra!úr/0 1 serão da redacção. TYP. D -.ES1l\El.L.\ DO ORTE- J 868.
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