A Estrela do Norte 1869
A ESTR -LLA DO NORTE. A ç & lfü foti t '* ; ., 1t i 2 6 5 ;. P&it ►PêWiF A assim pelo esplendor das pompas liturgicas, que toda a magestade do apostolado, e lodos como pelas pessoas ahi presentes . os resplandores do gloeia do episcopado se Osagrante era o Exm. Sr. D. Antonio Fer- concentram sobre a figura do sagrado, quan– reira Viçoso, nome para sempre memoraveli do elle é o unico assentado na catbedral . que como brilhante epopéa se acha indele- sobre o faldistorio, junto ao altar- mór, de velmente escripto na memoria de quántos mitra e baculo, ao tempo que sobem ao Céo, o conhecem, e que ha de viver sempre nos elevadas nos sons magestosos do orgão e en– corações de seus diocesanos. · thusiasticos da orches tra, as vozes do clero, Descrever as ceremonias augustas e pathe- cantando a Deus, em acçues de g raças, as ticas dasolenidade não é possível. A liturgia grandiosas palavras do Te-Deum ! catholica é um th esouro de subli me poesia. E que _dizer , quando se levanta o nqvo O verdadeiro, o bom e o boll o ahi estam. nispo e sabe pela Egreja a derramar pela Impossível é escrever sobre laes ass □ mptos primeira vez a benção opi~copal sobre os fi es sem excl ama<;ões , sem enthus iasmo ! ajoelhados e á porfia procurando beijar as E na sagração de um prí ncipe da Egreja, mãos ao novo successor dos Apos tolas, e tudo é para_&,rre?at~r, mórmente quando essa que vai con tinuar a 0b ra de Jesus Christo e pomposa liturgia_o executada com aquella executàr suas ordens, dadas ha 19 seculos, magestade e gravidade, qne sabem mostrar e tri unphantes de todas as he1·esias , schis– o Cabido e Capellães da cathedral de Marian- mas e perseguições de todo o genero ! E aci- na ! ma do que se póde dizer . Commoções tão suaves não são para des - Tal é em esboço o solemne acto qu e ti ve- crever-se. Sentem- e, não se definem! mos a ventura de presenciar. E fel izes dos que a sentem! Dentro do coro da cathedral estavam oara- Como dissemos, o sagrante foi o Exm . Sr . mentados de pluviacs os Rvds . Conei{os da Bispo Diocesano Conde da Conceição, S. Sé, e tambem paramentauos de casulas vari– Exa. Rvma. apezar de sua avançada idade de os parochos e outros sacerdotes , en tr e os 82 annos, fez pontifical cantado, querendo quaes alguns Revds . Missionarios do Caracá desta arte mostrar seu amor ao terceiro dis- (onde o Sr. D. Pedro estudára) . Ah i tambem f'ipulo sem que elle pela imposição de suas estavam de soberpellizes os Capellães da Sé, santas mãos eleva ao episcopado I mais outros Sacerdotes e parte do numeroso Longo e demorado foi acto brilhantissimo corpo <le seminaristas. da sagração, porque só lá pelas duas horas Fóra do côro assistia o restos dos semina– da tarde concluiu-sn Parece que a medi<la que rislas em numero maior de 120, com suas seelle ia desenrolando, crescia, a magestade, sobrepellizes. rcmontavaosublime,eas commoções doco- Compareceram ao acto e com sua presen– raçãoeram mais suaves. A prostração do leito ça o abrilhantaram o Exm. Presidente no dura~te as ladainhas cantadas, a imposição seu lug~rde honra á ~n~rada do côro, _seu do missal sobre as suas espaduas, a sagração secretario, chef~ de pohma e alguns ofílmaes da cabeça e mãos envoltas em faxas de alvo depatentesuper10r. linho, a entrega do baculo e annel, o oíferto-· Esteve t mbem presente a Illrna . Camara 1-io das vela.~, dos dois pães, dous barrili- Municrpal destaleal cidade de Mar ianna. Em nhos de vinho, dous dourados, dous pratea- um cor_etoprcparadoad hoc estavampresen– dos, a celebrü.Çft0 do Santo Sacrificio feiLa tesas virtuosas Irmãs de Cari dade com se u s~brc o mesmo altar e~ um tempo pelos do~s nu?rnrosó collegio, gra~de numero de 01:– B1spos, a comrnunhao da mesma hostrn phas e com as pobres enfermas de seu hosp1- e do mesmo calix, a imposição da mi tra, tal que pocleram comparecer . a entltronisaçãodo_sag-radofcita pelo sagran- Além dos mencionados se acharam pre– te no mesmo fald1storio de que se levanta, sentes muitíssimas senhoras e outras pessoas o ternissimo Admultosannos, tres vezes repe- gradas de distincção e de toda a cond ição, tido ante o sagrante pelo rngrado, ajoelhado não só da cidade como de remotos pontos de mitra e baculo sobre os o subpcdaneo do desta província. Varios empregados ~as altar, os osculos da paz, os abraços, e no companhias inglezas de mineração assisti– meio de tudo isto, muitas lagrimns e solu- rama este solernno acto. <;os de amor, de gratidão. . . Oirmão do Sr. Bispo D. Pedro se achava São co'1sasque não se descre:em; sentem- presente; foi elle que levou ojarro de ao-ua se, gozam-se, mas não se explicam. para o Iavatorio das mãos logo depois dau~c- Quem pod?ria ouvir sem terna commoção çã.? d'ellas. Quaes os:entimentos dos dous ir– e doces lagr1mas osolemne entoamento do maos, o leitor podera entender. Te-lJeum levantado pelo sagrante logo de- Ao levantar asagradahostia disparou a pois da enthronisaçiio do sagrado? Parece tilharia, postada no morro de s. Pedro, e 8~: • 7 • -~ • • • -·-
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