A Estrela do Norte 1869
. • 1 . ..... J 1 A. ESTREL . bo NORTE. rniseravel questão pecuniaría , porque razá e que como os pais não são forçados a man– não abarcou o problema economico cm tod dar para li seus filhos, não ha tirar das dzf– o seu complexo ? Se calculou tão bem o que ficuldades cm que ell es se possam achar ?'r– custa a educação de um Padre, porque nfLO gumcnto algum üontra a obra emprehend1d-a calculou do mesmo modo o que produz essa pe los Jlispos. educação? Porque não contou os milhares de Mas eis cousa muito mais grave : são os ·braços que a palavra intelligente e zelosa perigos a que ficam expostos em terras est~·a– desses sacerdotes arrancarão á inercia e em- nha.}oJ jovens inexperientes que para lá enviam· pregarão nos lavores da agricultura e da in- os nossos Bispos. O seminarista brasileiro, dustria? Porque não computou o augmento edl{carlo na propria terra natal, aprenderá_ a da riqueza particular e publica, que é a con- respez'tar as leis do seu pa_iz e qpplica-la_s ( sic) sequencia da moralidade, como a moral ida- aospreceitos da moral e as leis da IgreJa; co– de é a consequencia da religião, como are- nhecerá que não existe antagonismo algum en- _ligião é a consequencia de um rninisterio sa- tre ser ministro de Christo e cidadão brasileiro; cerdotal nobremente desempenhado? Veria aprenderei a mutua harmonia dos dous pode– que, ainda economicamente foliando, nada 1·es . . ... o qu e tudo, bem entendido, não perde o paiz n'este negocio, e que bem podé- aprenderá, ignorará, ou não saberá bem o ramos applicar aqui, ioda qu e em diverso senn'narista brasileiro educado na Europa. sentido, aquella bella exclamação da nossa · . lém di sso os seminarios da Europa, rece– liturgia : 0/t admirabile commerciwn ! bendo alumnos da America do Sul, e quiça Depois prosegue dizendo que a medida de mesmo de todu omundo, não conseguirão tal– que se trac ta é ainda nociva por conservar a vez, apesar da piedade de seus directores, nossa cara patria n'uma humilhante depeo- incutzrnosanimos dosjovens ósprincipiosmazs dencia da Europa . Respondo. A instrucção sanctvs da moral e da religião, em 1·azão das não é nem européa, nem asiatica, nem ame- rivalidades e discordias que devem suscitar ricana. Não ha fronteiras no mundo das sei- n' aq uell es estabelecimentos as differentes encia3. A verdade é o pat.rimonio do espirita nacionalidades . humano, e ell e toma o que é seu onde o acha. De que seminarios d 'Europa quer fallar o Se, por exemplo, nas nos as academ ias de illustrado professor de Rhetorica? Eu não os mediüina se abrissem üursos sobre materia conheço todos. Pode ser que haja alguns em medica brasileira, ou se suj eitassem ah i asa- que s'cnsine a desrespeitar as leis ; em que bios exames os prodigiosos vegetaes e outras s'ensine que ha antagonismo entre ser mi– preciosidades dos nossos climas equatoriaes, nistro de Christo e cidadão de qualquer paiz: sabios europeus viriam assistir a essas aulas em que s'ensine que não deve haver harmo– scquiosos de conh ecimentos que em suas ter- nia 1::ntre os dous poderes, etc. Pode ser ras não poderiam adquirir. Niío ha <lesar a! - lambem que haja alguns onde tal rivalidade gum cm ir beber in str u(jt,,: ão onde quer que e di scordia reine entre os alumnos que se cl~a se ache. Tem o Brasi l porvir irnmcnso; torne impossivel, ou pelo menos mui difficil mas curto é seu passado ! E' nação de hon- a forma ção dell es nos habitas da piedade e tem ; cstú na idade de aprender. vida christ--.:i.. Mas esses seminarios , se ex- Esse louco orgulho nacional que nos le- istissem, seriam casas de corrupção e d'im– vasse a levantar em torno de nós muralhas da moralidade, onde s'insinariam doutrinas ah– China para não dependermos dos outros po- surdas e falsas• doutrinas contrarias oc todo vos, nos mergulharia no mais estupido selva- ponto ao Chri~tianismo. Não seriam semi– gismo. Os seminarios da Europa tem attin- narios catholicos ! Nem para elles, certa– gido a uma perfeição de que estamos muito mente, acudiriam alumnos da America do Sul longe ainda. Que ~mito lá vão alguns aspi- e quiçá mesmo de todo mundo. rantes ao Sacerdoc10 formar-se mais solida- Quererá -acaso O illustrado professor de mente nas sciencias e na virtude? Olinda aludir ao seminario Americano de Outra razão pela qual se pronuucía o lente Roma , e aos seminarios da França? Pois são do seminario d'Olinda contra a idéa dos Bis- estes de facto os unicos para onde tem envia– pos: as dzffi,culdades com que luctam os pais do alumnos os nossos Bispos. de familia para sustentar, etc. Recahimos Que! Será possivel que quizesse lançar o no triste argumento das cifras. Passemos descredito sobre um seminario fundado por adiante; mas digamos sempre para tranqui- .Pio IX, collocado debaixo das vistas pater- • lisar os esirupulos financeiros do professor naes deste san.cto Pontifice , e dirirido por dºOlinda que as despezas de um alumno nos varões da maie alta sciencia e piedade? Con– scminarios da Europa não excedem, antes sentiria o Chefe augusto da Igreja que s'en– mn muitos seminarios são inferiores, ás que sinassc no semina1·io Amerinno de Roma as se fazem em qualquer seminario tlo Brasil, doutrinas erroneas e perniciosas de que falla , J •
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