A Estrela do Norte 1869

: 72 A ESTRELL DO NORTE. llfas eu que as Musas já desprcso todas, E faço tudo sem auxílios sou s, Invoco logo da poesia o Archanjo, Meu bello anjo da mansão dos céus. Ei-lo que baixa favoravel sempre Ao jovcn bardo se u c1uerido amante; Suas mãos são ni veas, alabastrina veste, Seu a r celeste é como o sol brilhante. Da lyra d'ouro nas sonoi:as cordas Pousa seus dedos desferindo nm canto ; Teu nome só, teu nomt:, oh pai beninà 1 Resume o h ymno d'este amor tão santo. Tão grande dia para nós foi este ! :\tais um heróc á Christandade veio, Egregio lustre á nossa patria cara , Que nos ampara como u m for te esteio. Modele r aro de virtud es tan tas, A lyra tece teus laureis e palmas; Teu fim é .só, na transitoria vida - De Deos a gloria, a sal vação das almas. Sumir-te em balde quiz a morte crua " 'o esquecimento como os outros some; l\ão morre o homem virtuoso e sabio . ... E cada labio r ed irá teu nome. Dá-lhe, Deos, que assim todos precisamos, Longo viver de ulilidados santas; O' tu que dás aos astros esplendor, Orvalho á flor e jardineiro ás plantas. Eis os meus votos que envi ei aos céus Nos sons da lyra, humildo trovador; Eis os meus votos ... é singelo o canto, Mas diz no entanto muito puro amor. sominario de Santo Antonio, Feveroio i 3, 1860. LUIZ D. J. T AVARES. ( Alumno do iº anno elo latim.) ~ (Jln•ouien. continua; n as predicas quarcsmacs nas principaes i~Tejas da. éapital. ~- Exc. _R vma. tem occupado todos as d1om~a3 o pulpito da 1grc,1a cathcdral, sendo e - rntacl com viva attcnção por um audi ctorio nume– roso e intclligentc. S. Exc. Rvma. tem-se applicado a .efutar 1 as principaes objecçõcs que correm contra : Religião. o Revm. Sr. Concgo Barroso, ~,arques e Padre Dr. santos Pereira se tem tambcm foi to ouvir com pro– Ycito durante estes dias proparatorios da g,·audn Sc- 11,a11a. Temos aqni no Pará.,fn. felicidade ele possuir um ho– mem que roune cm alio grfto a scioncia e a Yirtudc. como não r a cllo que cn escrevo, posso muito bem dize-lo bem alto, sem Lcmcr ser contradito: é rtosso Bispo. Portanto s mpro preorcupndo elo progresso moral e religioso de sua inim~nsa <~iocesc, ~- Exc. l\vma. escreYia, em 31 de Ja_ne1i'º u!L1mo um memo– r ial qne cu vou rc,·elar-vos ind1~crcta~ente. o Exm. sr. ~linibtro do lmper10 pechu ao sr. Bispo , 1 ue llle indicasse as me,li<l~s proprias a promo\'er o hem espiritual das p0pulaçocs e o esp lendor do culto i-atholico. E's a rl!sposta cm r esumo. 1.• AIJoliçao de 1tso de f'l~c,· eleiçao nas igrejas. Não é bonito com offeito para nós cutholícos, prestarmos nossos templos á uma rnma de cousas crue estão longe 1 Ic ser hel1its. Que se faça isto na China, pa se; mas nem lá cilea.n'csla 1 2. 0 Desenvoloimento das mi~sües. A maior parte com t>ffcito dos nossos patricios do interior, vivem longll r1as parochias, prirnrlo, de todo sorcorro religioso, e nincr1wm negar poderá o heucfico influxo que pode– ria!~ cxcrcc_r ~s mi sõ?s . ~ob 9 duplicado ponto de Yista da l\chg1ao e da cn·11Isaçao. • Allndc :í b'l'IIVissimn <io!'nça de que vai j{1 convalescendo. 3.º Dotaçlio dos Seminarios. Com clfeito entre a ge n – te que grita contra os jesttitas de Sancto Antonio ( cha– mam a esses padres-jesuítas ; perdoem-me; elles n ão tem essa honra) conheço, e mais de um , qu e n ão quereriam em logar desses Padres par tilhar, como el\es fazem, o modes to conto qu e recebem com os outros companheiros que n elrnma subvenção tem. Afina l a dotação dos seminarios teria sobretudo por obj ecto favorecer a um maior numero de meninos pobres proporcionando-llles meios de uma bôa ed u– cação. o seminario rec Jb~ actual!Y, ente para estes meninos 3:000.000, e ó mmto pouco, em compar.. - ção ..... ,~.• Ornamentos vam a Cath.draf, cuj a desnudez e pobreza é_ uma vergo ~h~_ para o paiz, além de ser uma indecencia para a Rellgiao. Eis a analy<5e do memorial. Que vos parece ollc? Nem eu nem vós fariamos melhor, não é assim ? Pois forme~os votos para que seja ou viela a voz pode– rosa cl'esses harautos , collocaclos por Deos nos mu– ros da cidade, afim de lançar, n 'approximação do perigo, o grito d~ reunião e cl'espcra_nça. . nasta, caros leitores, qne a chro01c9. vai exallan::lo j á um cheiro ccclesiastico, capaz de dar enchaqu êca á gente nervosa . . Deos nos li vre I Fallemos de oulras cousas proprias a espairecer um pouco mais o animo . fiasco completo do republicanismo na Uespanha. Ai I qne tristosa para o rep ublicanos ele lá e para os de cá tambem 1 • • • Na~ eleições, os po vos se· dcc1clll'an:i por u □:ia 1(11· mcnsa maioria cm favor da monarcl11a const1tuc10- nal. Por fallar em eleições. .. . .. i\'o domingo 28 de fe- vereiro ultimo um grande numero ele meninos se re– uniram n'urna das praças da cidade ele Bragança e fizl)ram sous comícios para nomearem eleitores, ha– vendo entro o clictos n:Hminos dous parliclo , um por nome consen:ado,·, outro liberal, capitancado5 por um dos ajudantes das Esco las puhlicasi com que no correr das eleições começaram de haver entro ellcs altercações, vota nã', vota, e d'ahi a pouco bordoadas, bofetadas, ele parte aparte, e ató cacetadas, resultan– do ficarem alguns com os cabeças quebradas. Ora á vista de tamanha immoralidade o llvin . Vigario por occasião da Lr1dainhlt á noite, pediu aos pais do fami– lia, aos profc soros e ás nu ctori<la l~s qu e ,·cllassem sobre taes meninos afim de que nao se renornssem factos d'aq tyilla ordem, tão alheio? ela_ Loa cr:luc~ção e de tão mau augurio para o porvir daquellas cnan– ças. Um professor publico que se achava e'.1tão na porta da Igreja começou cm altas_ vozes a rnsnlta~· aquclle digno sa0crclote, eo utro Sr. igualmente conllcc1 ~o cm Braga nça, rornpr.u em i~l"_acs in~pr?J:lrios da_ su_a .1anella, escaot]alisando a fam11Ia do Sr. Juiz de d1rc1- to c_ontras pessoa testemunhas desas scenas da scl– vag1smo. fnfelizmontê estes procederes só tem s~do castigados pela ~csapprovn\ão do toda a populaçao honesta da boa cidade de Bragança. Emfim depois de 5 dias de profunda concentra\,lo n~e11: tal, sahiu-se O Liberal 1:om uma resposta ao pe– ,-wdtro ela Sociedade fé e luzes. E o qne é que cllc respondo? ncsponde simplesmen– te que niio responde. E' bem simples, e sobretudo bem com~odo ! Domjngo proximo lhe daremo alg umas explicações u tais visto que nos chegou quando este 101 nal ia entrar dos prelos. lia umn, porêm, que Jhc dev~mos dai· c!esdejá. A rcdacçüo do Libctal dcn uncHL ao Sr. Bispo~ ~tbuso ª! ,c?nl_essar 1 rn l'adr1•, á noite, algumas fam1I111s na J,.i_e.1a as escuras, referindo o_ao testemunho de um pai de familia qne se retiro1; ,n c,,11tmenlt escnndali– sado d_c \:era !~reja na esn1r1Jade. lle~p_ondemos 11110 n. lgte.1a sahhado ultimo esteve com cflmto na cscnri– dadr; mas cruc O Padre não e taYa 16_ então, nem con– fc~sou n·e se dia, scntlo essa a razao porouc não sr accendcram as lu ics elo costume. . •

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