A Estrela do Norte 1869

dado a olh os mortaes comtemplare sua belleza ! entretanto, corno o menin que Maria Santissima agora colloca sobre se I pe i– to . Ell e nasceu na pobreza e nos aud . jos, caminhou pelo mundo, na obscuridade e ne– cessidade, e morreu saciado de dores bre uma cruz ignomin iosa . Crês tu que se 1ou– vesse um caminho ma is curto para chegar ao céo, Elle o não teria ~scol hido? E não te pa– rece que Ellc de cedo ha de amar os que são pobres de espirita e de fac to, pois que Elle mesmo bebeu primefro do calix que agora lhepõeaos lab ios? Helena , eu te digo agora o que Elle outr'ora disse aos seus discipulos : « liemaventurados os que choram, pois se– rão conso lados . >> Sim, e consolados mesmo no seio do seu Salvador crucificado . Segu iu-se a estas palavras, urna pausa so– lernne, durante a qual os canticos <los córos angelicos p~recia:m pouco a pouco ir-se per– dendo na distancia . Então Helena, que não ousúra ainda tornar a levantar os olhos, n– tiu que o seu anjo lhe tocava na mão, e achou se outra vez noseupequenoleito,eoanjoes– tava ainda pertinho do seu travesseiro, e el– la ouviu sua voz, que soando para ella mais que nunca seraph ica e docemente aos ouvi– dos, lhe ~irigia as seguintes palavras : - Eu não sou a mesma menina, mamãi , di sse Helena com ar serio . - Então o que foi qu e te fez mudar tanto , Helena? -Fo i u -n sonho que ti ve ã noite passada• mamiii. - Geral mente fallando, minha filha, os sonhos sfi., meras tol ices. - Mas o meu não o fo i, mamãi. E Helena contou á 1:.ãi o sonho que tiverr e ella de– pois de ter escutado sua filha com muita at– tençiio, llLdisse quandoella terminou a sua narração : - E' verdade, Helena, não posso dize r que teu sonho fosse asneira, e espero que te recordar-ás delle, quando t e sentires inclina– da a murmurar de que os outros são mais ri – cos do que tu . E Helena assim fez, e meditou bem nelle. Tornou-scaconsolaçãoeamparo de sua mãi , e comquanto seus meios nunca se augmen– tassem, continuou sempre a viver alegre e satisfeita; e quando ouvia alguem queixar-se com impaciencia de sua pobreza e soffrimen– tos, costumava chamará memaria a visita do seu anjo, e dizia baixinho comsigo mesma: Bemaventurados os que choram, porque se– rão consolados. ( Extr.) - A criança que vistes esta noite fo i ou– tr' ora uma _peqnena mendiga, orphã desde os seus mais temos annos; porém pelas suas ardeuLe 01:uvõen mc1•e ct lcançar na Rai– nha dos anJOS uma Müi tão extremosa e vigi– lante como nenhuma mãi terrena júmais o ertos jornaes a rrulam a lgumas phrase foi. Pela poderossissima protecção de l\laria meigas a respeito da revolução hespanhola. Santissima, ella alcançou a graça de aceitar Prirn e Serrano sflo nns angi nhos de mansi - i.L poh_1·eza com pac~encia, e o desprezo com dão, e a re\'oluçüo por elles promovida tem ale3-rrn., e nesta noite mesmo ella recebeu a dado provas de uma moderação, de urna cor– recompensa, pois sua boa Mãi celeste, acom- dura d' um libera lismo tfLO doce e tão tolc– panha_da de turbas de anjos, assistiu-lhe cm rantd / que pode servir de modêlo a todos os s u lmlo de morte e conduziu sua alma ditosa 0 ·oyembs re 0 ·ulares do mundo. . d " 0 d . ao se10 o seu DeQs, onde suas lagrim:i s fo- lul elizmente estes orgãos a imprensa es- ram enxulas e sua tristeza trocada em ale- quecern 1 e mencionar os seguintes factos : gl'iu . Agora, minha filha, já conheces a uti- 1 º A J neta de Barcelona mandou expulsar lidade da magua e das lagrimas. Roga a Ma- os Jesui~as; . . . ria San tíss ima para que tambem te alcance 2º Na mesma Cidade f01 publicamente pacicncia nos soffrimentos e que a tua morte queima .p o retrato d? Papa; , seja semelhante á da mend!gazinha que foi 3º A j neta de Cadr~- _rnalldou !ançar fora parao céo esta noite. de Porto-Rico os Religiosos, e fechar- lhe, O anjo cessou ele fallar, e a luz pc · · •u ir as casas·. . . . . pouco a pouco apagando-se <le suas z.1 , t~• A mesmajuncta supprimrn o Semmar10 alé que Helena ficou em total escuridáo. Nes- .1liocesan . e estabeleceu no e<li fi cio Jelle se momento a voz de sua mü i despertou-a do u I esco ' de artes e offlci_os. Além <l_isto i:iOH:no_, e ella pulou da cama, uma menina s1. 1 iGcou O Cardeal Arcebi spo ~e Sevilha mais s1zuda e melhor d? que fôra júmais. não tizes mais orações pela Rarnha e sua _-Oh ! Hel~na, lhe disse a miii muito a<l- familia . 1111~·adt~na noite se~·uinte, trabalhaste rnaisi ;;• Torl, as joias dalgrejad'Atocha foram hoJe. s~ do que em toda atua vida, e pareces confisca · pelo go,•erno. . tüo feliz! que te estou descouhecendo em fjº A jt ta de l\Jalaga dcce<lrn que as 1·c- ti a mcnma de hontem. liosas fo m todas confinadas cm um só con-

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