A Estrela do Norte 1869
A ESTRELLA este passeio .!s cinco e meia hor&.-s da manhã., e islo 1 por meio d'um peq ueno esforço de imaginação ; su p– ponhamos agora, do mesmo modo, que são ci n co e meia da ftar dc, hora propicia e favoravel ás scenas com que r ema taremos o n osso passeio. • Estamos nas praias frontei; as ao Pequeno-Semina– rio de Sa neto Antonio e parece- nos qu e os leito:-es j á advinharam o que vamos dizer; mas não importa digitmo-lo sempre. Os operarias da Companhia do Amazonas e mu iLo outros que n ão são da Companh ia, com um descara menta sem ig ua l, co111 u m:i. impu den cia inquali fi cavo! ba nham-sa cm pleno dia completamente n ú~ Entretanto as prai ts, ondo d.lo- se estes de;,aforo.; sf de,·assatlas, como so sa. ,e, por colle,'5ios rio mJnina. Uc meninos, po u n l,om '.lumc~o do ca,ns de fan lia e pelas pcssfü1· uo t ansilam pelas ruas. Dir-se-hia que 1;; ,tJS tle -[)CJ,L<los mal'manjos nús cam elnrnnte ::l,.;um tempo á e.;p ,ra elo atg-um pho grapho. fc ainda ( ,. , podes~em passar por estu L, gro;;-as 1 ~.las não utJsgraça,lamente. Si entre nú:; as f:unilias sahissem á tardinha p 1msscar, qual dt'llas so ah}vcri.1 a passear pelo elo cúes dos limiks do lar;:o de Sancto Antonio t ~ 1izmente para nós o para ellas, as mulltercs só an ele noite. Snr. Dr. Chefe do Policia, tendo-se V. S. mos! tão zeloso até agora ptl!os i n tcresses de nossa pr• eia, pedimos-lhe com instancia que faça con desu1Jpur ,çam estes horrores, e as pessoas hoI con;;, :rv.tr, lo pam sempre uma doce IomlJran adm!ni,;tração de V. s. Queira dar primeiramon!J as ordens neccssr depois si cllns não fôrcm exccu tadas, faç,a que liIHíUcntcs srjam sevet·amcnlo punidos, com fü marcadas no nosso corligo contra os que 01fe1 mornlilhdc publica. Esta penas são - prisão a 40 dias e multa correspondente á metade ele (Parto lV, cap. I art. 2f!O} Mas quem o diria? lslo so passa defronte ,10 de policia! Oh I minha térra ! 1 Oh! minha e vincia, quão poucos elo teus filhos occupam~i l>ellcsa rnorall Todos desejam VPr-tc opulor dessas riquezas que prncl uzem o óem. estar raros, porem, trabalham pelo teu vcrdad ;;re~:o, por essa r,randeza moral quo eleva aproximando-os tle Oeos. De novo l)Ulimos ao Sr. Dr. Chefe de palie e bem moralisado maµ-istratlo que tomtl as das convenientes para que cc~sem e lt:s desvios uu civilisação. Façamos ponto íinal, visto o passeio i– mais nú. 1. No proximo numero procuraremos sC'r .::essante, tomando melhor assumpto. I (Continuai _ A.eade111iR sileneio8a, ou a 1n• u111doutor. Havia em Harnaclan urna celt mia, cujo primeiro estatuto era " Os Academicos <levem pensar n ,er pouco e foliar o menos que l vel. 1> Chamava-se-lhe por istc Silenciosa, e não havia um só sa que n:-to ambicionasse a honra bro ele tal Academia. O Dr. Ze e.·ccllc-nte livrinho, inlitulad, • oube, nos confins de sua pro ,tc11a\a vu. 1 ro um lo(J'ornaAcade1 o o lar-te •ru tlemara, chega a H cnLa--ie ú porlll da salla ond: .. i I 47 pede ao por teiro que remetta o segui nte bilhete : e, ODr . Zeb .érnente o logar vago. 1> O por– , en nha incon tinente a commissão ; ' i I , 2 o seu bilhete chegarão mui.to : es tava j á preenchido. Ldemia pcnali sadacom este con– JOis tinha recebido como mem– o contm sua von tade, um desses .lentos da côr te, cuj a clrv,ucncht na fazia. a admiraeii.o de todas as bcccos, e via-se r.·ntretanlo obri– sar o Dr. Zeb , o f1 g-ello dos taga– g-ual'eiros, uma cabeça tão bem ) bem armada l O pre::iidcnte, in– e àununciar ao Dr. esta desagra- ia, não podia quasi resolver-se [t J encargo e nfto sabia de que modo o. Emfim, depois de ter reflcctiJo i, mandou encher completamente l'agua de modo que com umugotta ,Lordaria, e ordenou que fizessem 1 , candidato que apresentou-';e com ar simples e modesto que annuncia mpre o verdadeiro merito. O presi– van tou- se e, sem profcril' uma pala- strou- lhe com semblante triste oco– lcmatico tüo bem cheio . prehendeu o Dr . que jú não havia lo– ~o na Academia; porem, sem <lesani– !, excogitava o m0io de fazer saber que ade ico de mais nenhum damno cau– L Aoo.demiu . Elle vê a seus pi'.::, uma fo– i roza, apanho-a e põe-nu tão delicada– ) sobre a superficie d'agua que não ca– ma só gotta . dos ~pplaudiram, á esta resposta enge– a, deixaram dornnr por esse <lia os esta– ' e o Dr. Zeb foi recebido com acclama- .Apresentaram-lhe immediatamente o stro da Academia onde os recipiendarios ,mos deviam matricular-se. O Dr . matri– )u-se ;Jogo, e só lhe faltava pronunciar, undo o estylo, uma phra~e de agradeci– nto . Como Academico, port1m verdadciramen– silencioso. o Dr . Zeb agradeceu sem dar na palavra. Escreveu nu. margem o nume- cem, depois pondo um zero antes do dito umero, escreveu por baixo: e, Não valerão cm mais nem menos (0f 00). >> O presidcn– J com igual <lel.icatlcsa e presença de cspfri– o respondeu ao modesto Dr., pondo o nu– nero um antes <lo numero cem e cscrevco por baixo: 11 Valerão dez vezes mais(1100). • ( .Apolc,gos Orientaes.)
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