A Estrela do Norte 1869

;:su A E:::ffHELLA UU l~UllT~. ma, cujo rosto apresentava uma express,ão, rá completamente outra, e que te abrirá us como nunca se lembrava de haver visto. ~ão portas de uma existencia que não tem fim. a agitava a colera, o medo, ou o despei 'o; -E perderei eu todas as qualidades que não havia pallidez, nem excessivo rubor l'.ia- ha pouco disses te que possuia? perguntou quella phisionomia innocente. O seu ol ar Fabiola um tanto vacillante. tinha o brilho de doçura habutual; e so ·a -Assim como, sobre o tronco de um ar– com a mesma candura, como na ultima ,z busto selvagem, a 'mão habil do agricultor que tinham estado juntas. enxerta o debil reben to de outro, mai s util e Al ém d 'isso, tinha aquelle ar nobre, delicado, cujas flores e fructos vem adornae porte rnagestoso, que Fabiola tinha lido p o primitivo, sem-nada lhe fazer perder da sua diversas obras poeticas, como attributo robustez; assim a nova vida que has de rece– qualquer personagem myfüologica, que 1 ~ ber ennobrecerá, dará mais realce, e santifi– faria r econhecer, se por ventura um dia aJ . cará ( talvez não comprehendas este ultimo parecesse sobre a terra. termo) os valiosos dotes da natureza, e da Não era inspiração, porque fa1lava sem e educação, que j á possues . Quanto o Chris- thusiasmo; :mas era aquella expressão qu tianismo te tornará feliz, Fabiola ! no seu modo de compl'ehender a virtude, - Que novo mundo tão bello me promet- a bondade do coração humano, imagina tes, querida Ignez ! E que pena é o deixares- que ellas deviam estampar no rosto. me antes de o conhecer! A sua admiração passando além dos limi - Escuta, exclamou Ignez cheia de ale - tes do aifecto, approximou-se da veneração. !n'ia. Eil-os que chegam! Não ouves o mar– Ignez pegou-lhe nas mãos, que apertou ao har cadencioso dos soldados na galeria? São peito, e, olhando-a com ternura, disse : s padrinbos.) que vem buscar-me para as - Fabiola, antes de deixar o mundo, te- \upcias . E eu vejo, alem d'aquella abobada nho uma ,nltima cousa a pedir-te . sempre firmamento, uma multid fro de anjos ves– me fizeste o que te pedi: es tou certa que não t fos de branco, que me chamam. Adeos, m'a recusarás. F iola, não chores por mim. Oh! que não - Não falias assim , que~ida Ignez; o que te ossa eu faze r sentir, como eu sinto, a fe– me pedires terá para mim a força de uma lic fade _de morrer por Christo ! Agora dir– ordem. te- ei o que nunca tB disse : A benção do Se- - Então promette-me que, sem demora, nhr seja comtigo ! procurarás conhecer as doutr-inas do Chris- E "cz o signal da cruz sobre a cabeça de tianismo . Estou certa que as abraçarás; e Fabi la. deixarás de permanecer no estado em que Ur terno abraço, acompanhado de pranto te achas. da pa1 e <lc FcLbiola, e a que Ignez correspon- - Em que estado? deu tr, quilla., foi o seu ulLimo ad8os . - Nas trevas, querida Fabiola. Quando FaLi ·a dirigiu- se apressadamente para penso em ti, vejo que possues uma nobre casa, Ic, ndo na mente um generoso desig– intelligencia, um caracter generoso, um co - nio; e su prima acompanhou os soldados. eaçã.o leal e compassivo, um espírito culto, Lançarem)s um véo sobre as primeiras pro– e uma tendencia natural para a moral e para vações po1 ue a martyr passou, ainda que os a virtude. Que mais se pode desejar em uma antigos Pa '"S, e a Igreja, nos seus officios, da.ma? E comtudo, ante todos estes dons os citam e •no preciosos florões de sua co– valiosos ha como um v6o que os occulta a rôa. Bastai I dizer-mos que um anjo a pro– meus olhos, como uma nuvem sombria : é legeu contr ! os insultos, e que sua presen(:a essa sombra;a da morte. Corre esse 1 véo, e c?nvei'leu u 1 Iogar infame em um sanctua– a luz realçará o brilho (d' esses dons precio- r10. *) sos. Era aind, muito cedo, de manhã, quando - Conheço-o, querida amiga; sinto essa comparece1 perante o tribunal do prefeito falta. Ao pé de ti, comparo-me a uma pedra no Forum H 1 nano; tranquilla e alegre, sem tosca junto de um brilhante. Julgas que, se I q:iie no i·ost se lhe divisasse o menor indi– abraçar o Christianismo, te poderei igualar? ?10 de temor; r sem que em seu coração - E' necessario, Fabiola, que transpo- rngenu,, ach, ·. e logar o pezar. O cabello nhas o abysmo que nos separa. ( Fa.biola es- desgreuha<lo, ymbolo de virgindade, cabia teemeceu, lembrando-se do que havia so- em douradas 11adeixas sobre o seu vestido nhado.) A agua da reàempção purificará o branco. teu corpo,~ o balsamo sagrado, com que se- (Continúa) rás ungida, tem o poder de deixar tua alma • ... ~ livre do peccado, e o teu coração limpo das paixões. E' uma transformação que te torna- da~)~als !u~lº( ·~n~~l!~nez, na praça No.vona uma

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