A Estrela do Norte 1869
• ... .... . \- A ESTRELLA DO NORTE. 231 "d d a a Antoni o lhe respondeu: ' Temendo a responsabili a e que pczc.Vc . b . lle não hesitou em pres tar-lhe todos -Dou graças ú Deos de ter correspondido ~ 0 re e ' • · d d t •anspo r uos vossos desejos . Alêrn do que me confi as - occorros poss1ve1s, po en o I c - d . d ~sl~a até a su a r esiden.cia, onde dêo-lh e_ al- tes, rns trouxe um om prec10zo; e e-- a emedios e uma b>ôa sôpa ao 111enmo. pondo o seu panciro , em Joga r de um bran - g u011s • ~ do as tristes minuciosidades c(es la co cordeiro por que esperava o amo, vio ~ eixa n · I' r t· bell o menin o que o enrai veceu, e entào p er- 111 .stori , digamos só.mente qu e a in t· iz t- . ·r. l D b o-unLou á Anfonio : o que s1grt111cavaesse pro - nfi a dado sua a ma a eos . . . No momento de expirai·, t1nlt a puJ iJ,o cedimento ! - : An ton io que ve llasse sempre sobre sco fi- O pastôr atemorizado contou a hi stor ia, 1\ ·. e então lhe dêo uma cada Jacracl~, pela que o leitôr j á sabe, a respei to de Miguel, _<le 10 ' 1 se podia conh ece !' a origem de Miguel ; sua mfü , e dos esforço. empregados para q ua I ' conservar a vida d 'esse p·ob1:e innocen te . Po rém instava para qu e não se esse essa ca. 1:-_ h t a ne"ess1 - E pensas que heide acolher esse meni- ta senüo quando ouvesse ex sem u • no ? lh e respondeu sevel'ílmente o fazendci- dade. d ro: Qua l nüo foi a tristeza de Antonio quan ° - Senhor , em nom e de Deos, tende ,pie– se achou em prezcn~a da P 0 bre defun ta, _er..- dade de mim , nun ca me poderei separar carreo-ado d'um mern no de do~s annos, ida- cl' este meni no, amo- o como se fosse meo de e; que Antonio fôra reco lhido em casa de irmáo .. . Senho r , sêde caridozo, e Dcos vôs .N icolau! , hade recompen sar. Diz endo estas palav ras, - Mas que faz er ? l\leu amo não quer~ra Anton io pôz- sc de joelh os . ,alvez que eu conserv~ e st e pobl'c or phao- O cruel fa zen deiro pal'eceo cornmovido ~inho ; e como po erc i eu ~baotlon~l- o? por esta supplica e pelo d sespero de Anto- 0 que lhe preocupava ainda iuais ~ 1 :ª :1 nio , e calmando- e um pouco, disse: ~epu tul'a q~e de ia dar ao COl·po da mm do -Pois bem! serei caridozo . Con into cm pequeno Miguel. h ! que durante o inverno, este men ino fiqu e Sua anxiedade aug,.ne~tava? quan~o, cnr em tua compan hia; mas não penses que por garam a lgu ns crnados da qumta, ti aze O isf,;o será augmentada a tua parte. Uza da. algumas provizõe ·. . cari dadf' , 11as não á minha custa; e dosg ra– Os cre.ados fica om dolorozarncn_te impre~- çado Ll e Li, se me augmentm·cs a despeza. sionados com o espectacu•fT'--m·H•-- 1 t 1 n-ba-m 1 • A n t . ·-o levantou-seco ntcnLe, como se rr.- ante dos olhos . . cebe:sse um grande favôr; tomo u Miguel em Es tec; homens, movidos por um senl!men- scos braços, e incapaz de fa llar, olhou reco– to de caridade qu sugere o pen . ai:1en to da nhecido para o seo amo, que não podia com~ mot·te, peocuraeam con~ol,ar Antonio; ca~a- prchcnder taes sentimentos. ra.m mua sepultura ao pc <l 1:111 r·ochc_do , o,.a- ram fe rvo rozamente, ajoelhados dianle o corpo da pobre mulher, e a sepultara1~1. Desd'este momento começou para o Jo vem pastôt' a dedicaçáo com que fôra oute'ora tr~– tado por Julia . Sómente a ·ua pobre~a nao Jhe permittia faz er todo o qne <les~Java ao seo filho adop ivo , com que!11 repartia o me– Jhor que possu_ia. O bom Miguel alegrava a ,,ida de Aotomo. . . A lernbr nça dos beneflc1os que Antomo recebêra de Nicolau e de sua virtuoza viuva, · animaram em seo coração sentimentos de verdadeira generozidade. Quando Antonio vo ltou para a quinta com 0 bello rebanho confiado aos seos cuidados, ficou contentissimo, por que preservava do frio O seo caro Miguel, e os seos carneiros. Logo que o amo de An t?nio o vio, o re• ceb/\o alegremen te, e lhe disse: -E's um homem honesto; guai·daste bem os meo · carn~ iros ; ?ão falta nem )!um, e todos es,liio bofü tos. hstou contente,. An· Lonio . 1 • V II . -NATAL. Oj ovem pastor era fie l ao cu ,11primento de suas obrigações; e quando o trabalho lhe • crmittia algum descanso, consagrava e· ~· te tempo ao seo caro Migue l ': em compen- • sação, Miguel correspondia aos affec tos de seo bem feitor. Antonio vivia feliz com o sco caro Miguel. A senhora da quinta começou por sua vez a injuriar aquelle que os servia com tanta fidelidade, dizendo: que Antonio não cui– dava mais dos carneiros, e que muitas yeze -· os ovos e o leite desapareciam. O pasto r ficou tão triste que em pouco Len1- po abandonou o loga1\ que.occupava n' essa quint~. •• . Retirou-se corüente i,espcranç.ozo de eu– contrar, senão um amo ma,s sympatico , ao menos nm homem que ~e contentasse pom 0 cumprimento dos seos d veres do ,~reado. Antonio, entrist~cido e inqui eto can.if \ha– va lentamente com o pobl'e l\Jip:ucl, que cf1~
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