A Estrela do Norte 1869
230 A ESTRELLA 00 NORTE. da letra: pro aris et focis, faliam os pc_lo inte- rebanhos que estão á teo cargo. Nüo tem' resse dos nossos altares e do nosso JJmz . estar sózinho com os teo carneiros po1 1 c1 Nem de leve nos vem a mente querer dar tre as montanhas; os creados de minha ca ·onselhos a um partido do paiz como o é o irão vêr-te todos os dias . •-")l,p.rtido liberal. . Antonio partio contente com os seos ca Não podemos porém callar as segumtes neiros. Ao menos no silencio dos montes re obserYações . pirava umar de piedade terna para com Deo l O o partido hberar pode ter um_ _ qrande E' verdade que sentia algumas ,. futuro, porque é inneg~vel, que a hberdaue zes uma tentação do passado , que sua im .-1 wn,1 1 das idéas predomrnantcs do nosso se- ginaçáo aba ndonava depois de alguns in cul o. tantcs. Vivi a fe liz com os seos cameiro 2º O partid liberal pode ter um grande subindo e descendo os Alpes, descansand futuro si ellc ahraçar com o mesmo amô r, noit e em sua choupana. com O 1 rn csmo zelo e com a mesma intelli- Admirando todos o:;; dias o nascer do s o·(:ncia a ordem, idéa correlativa, irmãa ge- e a multidüo d'estrellas que povôarn a ab mca da liberdade; si a liberdade política bada cel es te, o humilde pastor se interrog a. pezar de tan to. e tá _va rio~ esforços n_ão va a si mesmo frequ entemente: pude ai nda ser e tabele ida d una manei ra -Deos que fez tão bem todas as couzi duradoura, foi porque se desprezou e desco- que dêo a verdura aos p1·ados, o ouro e nheceu a. sua im1ila, a ordem.. az ul ao céo, bel! ,)::; cantos aos pa.ssaro 3• O parti do li b ral terá in/allivelm.ente um 0eos, que deo tanto amor aos no. sos co nTande futur o e dirigi ri com liberdadP. e or- ções, não permittir,ijamai s que sejüo exti <lem os destinos do paiz, sc elle so uber co n- ctos esses generozos sent imentos de tem ciliar es tas duas grandes ideas com .Deos, o ra. Deos me affastou de Julia. e Ella só nosso Cread()r . nhece q anto o nome de rnãi 6 dôce aos n Homens do Brazil ! Homeus do Irnperio os Jabios ... da San a Cruz! As horas da mocidade pas- O 1 ! cu anmari a extraordinariamente, l':ar5.o . Si alguma vez foi _tempo de eensa.t· sa minha mãi! . . . ondcestáclla? Nào U \ se riamen te no nosso <l es t100, no destrno d rei mais? ... uosso paiz, hoje so~retudo. Tud~ não é ?omo _ Es as •eoc.upaç,õos imp1•ü.S.:ioJJa am An de vias r ! Longe d tss-0 1 Ha mu_it , 1~ 1 t0', e nio, qu: nao em uma tarde dP. tempcsta< a'.ltes d tudo nosmesmosneces itarnos dere- e de relampagos, reuntndo os scos rcbanl forma., N~da far,e.~os de .~om , se pensar- e pondo-os em logar seguro, pàz-se ú e moEs so n es~a ter i , 1 ,qne p~z~m s. 1 lempla1· o céo . Somos romeiros,_ som~s YlllJ , ntes · O tempo tornava-se medonho , e a eh Eis a Cru_z ! Eis a Cruz_! A~ racemo-n.os cabia copiozamentc, q11a11do Antonio ou com ella , nao com os nossos k 1 ~ços de carne uns gem idos não muito longe do lugar sómente, mas com o noc;so es1,zrzto, com _toda que se achava. u nossa alma; abracemo- r.os com ~lla , lran- o pastor attend eo aos gemidos, e fin camcnte. em verdad~; ~enham_os (e, esperan- mente vio uuut mulh er cab ida junto do .,.. ra : ~ desta Cru~ nos v1rao_, •nviadas por Nos- chêdo, com um filho em seos braços, i.;o Senhor crue1ficatlo a hb rd::ide para todos, Approximou-se então d'esses infelizes a ordem para todos, e a glona para a nossa -Fm nome do Senhoi· lhe diz a pol !) . ' , ' 1 atna · mulher, vinde soccorrcr meo filho. Eu o -~...,- va n'este momento pedindo a Deos o~ . Auionio oa■ a earidade reeo1n1•enlilada, anxilio ... foi ouvida ... Eu lhe dou 1 ( conlinuaçlo. ) nitas graças por este acto de misericordia -Pobre mulher, diz Antonio, estais m • VI, -A ADOT'ÇÃO. doente. Hav ia perto de tres annos que Antonio -N~o deve demorar-se a minha ulti twb itava a mesma quinta, onde apascenta- hora, lh e diz a estrangeira muito resign va os seos rebanhos. Tinha então quinze an- á vontado de Deos; apenas sinto deixar ah nos de idade; sua fr~te intelligente, e soo donado o meu pequeno Miguel. olhar mela-acoríco davam-lhe um aspecto vc~ Antonio tomou o men ino em seos bra 1 nPra\' cl. e pedi o a enferma. que o accompanhnss O amo de Antonio o estimava tanto, e d~-1 -Não posso , lhe diz a pobre mulllcr; . positava n'cl lc tant~L confiança, que um dia n!1~s forças estfto exhauslas; sem o vosso flw di sse : . • x1ho , generozo moro, devo. mon'er -Antonio , irás para mais longe com oB mesmo . .
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