A Estrela do Norte 1869

' • A ESTfiELLA DO NORTE . H sario ser mmugo do mundo. >i - S. Jcr íJ- te desdenha e pisa com despreso ! Quem se nymo com sua natural energ ia exclamou vo ta aos prazer es do mundo , vota-se á mais «E' preciso cada dia vencer, ou morrer. - compl eta illusão : esses prazer es val em quan– «Bossuet dizia a Luiz •XIV:- «O ' mun rl,), to custam? Quando appareceis nomundo , ahi morada da ;injus tiça e do erro , onde as cila- v,;s precedem cuidados e inquietações , ali das sã.o inevitaveis, e as quedas universacs !» ides inquie tas por saberdes se não haverão -Alem de que, se considerarmos o mundn, lá .flores mais frescas, diamantes mais luzi– não por fal sas apreciaç6es mas em r ealiclacle, dqp , sorrizos mais gracio~os que os vossos . acharemos , que elle es tá r evestidu rl 'um tri - Quando ac:ibastes de tur bilhonar e voltaes á. plice caracter opposto a Jesus Christ,) . - fo - cg~a, está feri da vossa alma e vosso coração sus Christ,J é luz, o mundo é illusfi.q; Jesus t9p amarguras secretas , porque não conse– Chris to é a Verdade , o mundo é a mentira : g is tes um brilhante suceesso, e vosso t rium– o j ugo doS enhor é suave , o tlo mundo é clurr; , l o fo i eclipsado . .... e impõe cruel escravirl ãú. Quereis con templar a imagem de vossa al- o mundo é illusorio: que pode , cllc oífo - , na volt:i dessas festas ? Contemplae um r ecer de serio ás almasserias ? Tcm-se j á di- Ião de baile na manhã do dia seguinte : - to , e tem- se tornado isto tr ivial no pulpito , multidão desapparcceu, a musica cessou , Christão: - Elle não apresenta niais 11u e for- luzes está.o extin ct'.:ts , as fl ores pendem lan– tuna , prazer, ou gloria . Na<la tão rn obil e uidas e emmurchecich s; a desordem é at– tií.o caprichoso como a fortuna cm nossos ·estada pela poeira nos moveis e cm toda dias ; e ainda que foss e duradoura , não ve- 1 oartc ! Não é esta a fi el pin tura d 'alma mun– mos pessoas riquissimas c::trregarem o peso dana ? t s luzes ela conscieucia vaci llam , as de suas tris tes<!,s, e nfo ouvimos por ventur,,' flores da fé e 1la pureza emmurchecem, as as queixas desses embotados das riquezas .' virtudes , ornatos cl'alma, es tão cm desordem, A gloria? oh! eu a deixarei em silencio; v e a poeira rla frivú lidade cobr e e obscurece to– sabeis que um homem póde ser fallrtdo, e - das as suas facul dades ! Dizui- me : não é es– t retanto , que uma mulher não <leve nu ;11, te o mundo, e. não é elle uma illusão? deixar que sc·(alte della.-E lodavianlgu1 1 }as O mundo é urna mentira, e os livros San– consentem n' isso : querem reinar, e tr'~- tos, chamam- no mentiroso. - «Jlle rnenda:i; phar , e não recuam diante do sacrificio d ua est. >i - A condição importante para ser bem for tuna , nem elo aviltamento de sua digÚ1da- succedida, é não envolver- vos n'uma vida ar– de ! Ellas começam, faz euclo- se admirti.r por t ificial, que vos faz mentirosas e fingidas no elegantes e vãos ornatos; provocam eles- mundo: para apparecer qell c vos roupaes e <l enhosas a invej a e os sarc:i smos das outras representaes como n<1theatro, e sois absolu– mulheres, e são felizes no circulú de homens, tamente uma mentira encarnada. Os pro– que as seguem por tuda parte, e as adulam gressos de ntJssa civilisação material, tem a– sempre. A r eputação dellas se est~belece, e pcrfeiçoado a arte que vos transforma , repa– seu r-enor.ne se es teude: graças á halJeis ma- randr1 osultrages irrepararaveis dosamw ; e di– nejos, caossubtisestratagemas deseusgalan- zem até que essa arte vai operando cm vós têos conseguem o diploma de rainhas ela ele- uma comp leta falsificação d_a obra do Cr ca– gancia , e mulheres Jamoda! Ellae aborrecem dor. Tudo soffre as modificações d'uma o lar, odeiam a vida domestica, temem os br ilhante mentira : pcrdoae-me esta g ros– fi lhos, e seus maridos devem contentac- se rl.e scira enumeração . mas vós outras fazeis servir-lh es dP.brasão edc caixas parasculuxu : mentir vossos cabcllos , vossa physionomia, es tes triumphos lhes custam caro: <lcvoram vossa cdadc, e vosso nome: n ftO é isto ser u– em segredo bast~ntes ul_trag-es, e engulem mamentiraencarnada? Vos~aspalavrastam– occultamente mmtas lagr1mas . Quanto mais hem não são mais verdadeiras: acabaes ele envelhecem no mundo, menos se podem se- tl espcdaçar desapicdaclamcµte uma reputa– parar delie; e muitas vezes em sua ultima. ho- ção, e daes um osculo affcctuoso áquella, que ra, é a sua suprema preoccupaç5.o a sullici- cahiu soL vossos golpes mo tcja<l ores, e os tude do toucaclor. Pobres mulheres ! Muitas mesmos labios, que aincla a pouco a acabru– vezcs an tes do estrago da edadc, ellas vêm nhavam com ironicos epigrammas, descer– as esperanças frustradas, e Deus as condem- ram-separasaudal-acomternuracanciedade, na vivas i sepultura: brilham um ou dois dizendo com arlmalicioso: como sois boa em dias somente, e são esquecidas tristemente: vir Yer-me ; ueste instante fallava de vós! eis a historia de sua vida! São fog·os de arti- • fiei o, que têm rapido brilho; uma pavêa res- (!Continua . ) plandeccnte d'esplenrlidas faiscas de que nã,, resta cm breve mais que pedaços de papel fu- ~~ moso e ennegrecido, destroçob que o passan-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0