A Estrela do Norte 1869
,-- . , A ESTRELLA DO NORTE. palhas, e estendendo-se sobre uma cruz, pro– va irrefragavel de seo amor para com Deos, a quem dizia: u Eu vos amo, meo Pai>>; e quando Nosso Senhor dizia a Deos: « Meo Pai. porque me desamparaste?» exprimia um "ICntimento indicivel de ternura . O arnor por conseguinte é um elemento de vida para o solfrimonto chri:stão. O sof– frime,ito i°! inevilavel corno a morte: o sof– frimen to é u·morte que começa, cÕmo a mor- 1 e é um sacrificio que se ultima. Como na missa, assim no soffrimento ha preparaçfw e consulllmação. · · Se não soffrermos por esJus-Christo, se- 1·emos obrigados a sofft·er contea Jesus– C: hristo. A historia do Ca!vurio será a ben 1:ão d'aquelle que suITre por Jesus, e sem a maldição d 'aquelle que solJre contra Jesus. No soffrimento ha tres tabernaoulos. Ha o tabcrnaculo onde a dôr.ou soífrimcn– io não tem merecimento, e ondeajusli<;a de T)eos é glorificada. porque nos recu~uno~ ,Í glorificar a sua bondade, fazendo cessar a nossa liberdilde, e impedindo a gra<.:a de Oeos, este tabernaculo é o inferno. Ha o tabernaculo do purgatorio, onde pela t1xpiaçõ.o de suas faltas, as almas se purifi cam, para então subirem ao céo. Finalmeu te ha o tabernaculo da terra onde o soífrimento tem um Yalor quazi infinito, \· isto que pode vi ri ficar-se em Jesns-Christo. O soffrimento por conseguinte 6 o maior poder da vi~a. Se o solfr1mento nôs faz derramar ]a 0 ri- l . o 111as, essas agr11nas sene111-nos de meio para ,ü lingirmos o céo. Saber so[rer, eis a grmide le i do chri stianisrno, eis a lei universal, ü que todos estamos sujeitos. O mundo mesmo impõe sacrificios desa- 11 de, de fortuna, de tempo, de uleg-rias etc. ião 6 poi s de admirar que sofframoc; por Jrsus, quando muitos soffrcm contra Je::rn s! Por isso não lia g-randcs nlrnas, onde 11ão ha solfrimentos. Quanto mais Yirluoza ,. uma alma, tanto mai s ella de\'e amar o ,;of– l'rimento E' couza not:l\·el ! a~ rn nlhcrrs soffrem 111 ais qu e os homens em razfro da Yivacidade de sua natureza. Duas lembranças nôs vem ao e,;pirito: uma ·• respeito de Sancta Francisca Romana. Eli a era rica. d'uma belleza cxtranrdina– l'ia; jovem ainda, perdco seo marido sua tortuna. Ainda que a dom tocasse, llétO ccs– '-1ava de dizera DcoP- com uma tl·rnura cn– aantldora: 11 Senhor, me destes tudo; me tfrastiis tn– ~o, que vosso nom~ seja bemd!to ! >> eis a oraçãoque scos ~a~10s pronun,1a.vnm , 9un ,eo coração acariciava. • Uma outra leJDbrança é a de Sancta Chan- tal. Elia lambem teve uma mocidade bri– lhante, e uma fortuna consideravel. Viuva nl\ idade de 30 annos, vai com seos filhos habi- -~ taro palacio d'um seo parente. Ahi encontra a dor; pessôas de inferior condição a maltratam. Permanece n'e11ta situação durante 10 an– nos, ~empre bôa, dôce, e carinhoza . Os habitantes d'esse paiz que .admiravam ri ca1·idade da baronezade Chantal, deixavam i-Í posteridade o seo nome convertido em «,noP-sa bôa senhora. 11 As gera(.'ões presen– tes ainda a proclamam como tal, e a Igreja 1~.alholica a proclamarft sempre, tendo-lhe dad o um Jogar en tre soos c;nn ctos. Tudo por– tanto que ha de_gi·an de, n:fo existe senão pelo sacriflcio. .O c.rue se tórria. por conseguinte neccs- • Htrio na vida chri 0 tii. no meio das n3itações rlo mundo, é o sauifi ·io. Havendo o sacri– fio, todo christiio, toda mulher christã, po– de subir ao seo altar, ao coração, ond e com a vida sacrificada encontrará as bençãos do ct'.•o. Jesus é o tabernaculo onde nô::; abriga~ mos da tempestade, quando embravecidn procuré\submergir-nos. Assim, só O' sacri– ficio nôs leva a vida, ao céo, emquanlo o prnzer nos dá a morte , matando nossas no– bres inspirações. O Jtrograuuna do partido liberal. , Com snmmo interesse te:11os lido este im– port_aute documento. Elle é, como disse o ◄ « Colombo » , um acontecimento notaveT:"'. Ninguem, pertença elle a este ou aquelle por– túlo, poderá ficar indifferente , vendo sahir a luz um programma (f finalmente organizado , obj ecto de discordancia em que vi via>> um grande partido, em quanto estava no poder . e que vivia depois de ser derribado, em face de uma situa\·ão , que todo11 qualifi cam d<, critica e dolorosa . Que este prog ram~ .ª não tem p~r fim ou - , tra cousa senão a feh01dade e a gloria do Bra– zi l, isso o garan tem 08 nomes dos 1llustref! cavufü•iros que o assig~aram ; e de ~e rto, s_,~ para fazer um põvo feliz e _uma naçao glon– osa bastasse uma vontade smcera e pura, nãr, nos atreveriamos a pegar na penna, com medo que se nos tornasse por _pedant~~, e ociosos . lia sccu los que o paraizo po!Jhco e social existiria questões, como es_tas, que pensa– mos submettcr aos nossos lc1tores, não teri– am o minimo interesse. Dcos as vezes ge contenta co,m a pura von- ] •
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