A Estrela do Norte 1869
STRELEA DO NOR'PB .. \ rcJ:teção recelJc e publiCA 111alqHer artigo que estiver de ac– crrdo com o pro;;r:i.mma JPste periodico. As eommunícações e reclamações de,•em ser dirigidas ao r.vd . Cone;:n líeltor do Pequeno-~eminario de s. ,\ntonjo. PERIODICO DA SOCIEDADE FÉ E LUZES. ~EHIE VI. PARÁ, t 3 DE JUNHO DE t büD. NUMEHO 21. o que laUa na '"ldR agitada do n1u11def Eis uma pergunta simples, 1í que muitos responderiam diversamente, conforme a preoccupação que os dominasse; entretanto o que mais nos falta, poucos são os que co– nhecem-a santidade, na qual enrontramos luzes que nôs guiam, e forças G:ue nôs ani– mam. No soffrimento mesmo achamos oca– rninho da fé. Um·homem do t.'undo , que vive na paz, fe- -liz e rodeado de filhL•S exll·emozos e de uma espoza fiel, respeitado por to<los, bcncfico para com os seos semelhantes, é por certo um typo admirn.vel. Ernquanto porém se lem– bra de tantas couzas, e,-qucce-se de Deos: , porque este homem, pela manhã, não eleva seo pcrnmmento a Deo~, nrm a. l:trde seo c~– ..!-~·ão pulsa por Ocos; ignora, ~éH, 1wnsn_. ,.,_ • ve sem cren<;as. Lembrn-sc. 1· YCl"llade . da linguagem da crcaçáo gue _loma o SPnhor_' , das Oôres que ornam os .Jª rdtn!';. dns soos pri meiros annos de infancia quando !-11a 111i'L' <lisvelada ncornpanltava a sua <·xifllenci:•. murmurando-lhe ao ouvido unia f, ·rvorozn precL', e lhe ensina\"a a orar n Dcoc.;; l<'rnbra – se que mais tarde r~cnntrou 11~1 Padrr. c1uc• lhe ensinou a doutrrna da lt,;-rr•p. a do11tr111 ·• , de Je8u s-Cbt·is to , de fudo se recorda, rxceplt de Ocos. No meio d 'este esquecimrnto geral, Deo8 al"'umas vezes se faz l<'mbrar , rlcRlruindr, PR~a vida. apparen ternrn t•: _l'P 1iz. ,~ rn ortc se– para um membro rla fa1nrl1a; a do_r vem per– turbar a paz, e en tão dc8olado e triste, o ho– mem diz: Meo Dco,d Meo Demd ... O sofl'ri11wnto é n grande luz da vida pnrn 111uit:tR alma8, fl quem ati: enti"LO e:iquccia o sen J)eoH . r;or '-'oLt ~e em seu seio, e lemhm-Hci a cada 111 t-tntf' •~ d'·estc pa_i alllprozo. O horucm frivolo, q:H· se lembra de Deo:-:;, mas que lhe d,í apcnns uma mem 0 ,ria vaga, reservando a ~i as ter– nuras do c.:ração, dilficilmenl"c.1 :, e dC! ixagui– ar por D·ios. :-;ó quando Dstls o toca, fazendo– lhe vêr a fragiLdadc das couza · frl't'es tre::3 , f' dando-lhe o soffrinH!nlo, so 0ntào se lem– bra pe1·f~itamenle de Ocos. E' pois o sofüi– mento a .(!'rancle l11z da vida, o principio que il!umina as trrn·as da PxistPncia. O soffrimento t..• lambem urna força ptl.ra a alma. A alma, que nnnca ~otrr1\o, nada co nh ece naordrm providenci,il (lo cl1ris :ianismo, por que so vi",~º das alegrias da vida; n.1o tum forças, po1·qne nunca co111batP0. Kecrs~ila-– mos por isso clr soíl'r·i111rnfo-.; pa1·a co:1hecer– mos n TJo i;;~a ,·id a christã Acrcqcr q1H' no soffrinH!nlo tc•mo.~ a :pi·~– rií.o da vid a . Jes :1s n11s lc!:("on s1!ns soffrimrn tos, a fi111 <lc nôs t ,r 1 1ar ~a pazes d'cxpi:t1;;"ic, . Assim. n11,mrl0 Romos alisoh·idos de uos– soc- nr,·ca,ln<\. r1in,Ja t! precizo qnc haja nn1a f'X'lial'iín nrliiq cnnsP(JUl' ncia s do peccado; 0sta ,,::,-l);rlt''í(), nros nôq env ia algu inas vezes rio <:r,f:,,;n1Pnfn . qne sua Divina Providencia estn l->rlrre como pena. Al i ! si :1r,c0i:a>1~crno8 sempre o soffrimen– to , c.nmo <1rYP.mns, cor,· 11m espi1·itochrisli'io '1 111' 01a~nifi0a expiaçi'10 ~Pria a nossa! Esle homem a 1 qnehraclo de dores, e~ta mulh er 1wrRPIYt1idn rle i'lfortunios, esta alma. viclima rlc ralnrr.nias e de~ granrlPs contr,Hiedatles, 'li vil'RQC offrrec 1 'r a Heos seos 80ffrimentos, " d!'rramnr snas líl!,\'rimas junto á cruz de .JPiws, como não expiaria ella os seos pecca~ elo, ?! O soffrimento por tanto é uma expi~ção, :10 mesmo tempo que nôq serve <le mereci– nwnto para n rrcompensa do Cl\O. Ainda mais: solfrer't'• amar. Q 1 rnnrlo.Joon~-f:hri8to \'eia a mundo, llil– hitar um presrl)io . r!Pitanrtn-<11• 0::01,t-,, nma!' •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0