A Estrela do Norte 1869

.• .. A ESTRELLA DO NORTE. caem chôro de 300 e tantas vozes, comprchcndcndo– se os seminaristas de s. Sulpicio. De tarde voltou o Exm. Sr. Arcebispo, acc0mpanhado de outros Bispos. Depois das ves perns subio á tribuna sagrada o vene– ravel cura de s. Sulpici0, Padre llamon, que deixando as grand es concepções do espírito, fallou a linguagem do coração. O seo assumpto-grandrzas do Snmmo itontifice-- resumia-se nestes tres pontos: Seos actos, •manif1'stados, pelos numerosos bispa los crcados nos Estados-U nid os, .\uslr~lia e lndia etc. sco carater no– bre e enl' rgico, mas ao m1'smo lempo placido e ama– vel. Em fim sua mi ssão na doutrina da Igreja, por exemplo a declaração do doµ·ma da lmmacula rl,t c,in ceição, na disciplina, o Concilio Ecumcnico que se prepara. Tudo isto foi tão bem dilo que u au,litorio flcon pr<•zo aos hhios do oradôr. " \l onscnhor o 1\ rechispo Príncipe Chigi, Nuncio de Sua santidade em Paris, depois das ccremonias da lgrl'ja, encaminhou-se para tomar a sua carruagerr, quando o pôvo aglomerado na praça de s. Sulpicio cm numero maior de 5;000 pes~ôas, acclamou o Sum– mo Pontífice, gritando: Viva Pio IX l S. Exa. Rvma. então em vez de torriar sua carruagem, dirigio-se apé até o prcsbyterio com um'l. nobre e affavel familiari– dade. « Os applausos os mais vivos, e as mais sympathicas manifestações se augmcntaram cada vez mais. Cou – sa arlmiravei I bello triumpho da Igreja! Em quanto muitos sobe ranos passão desapercebidos n'esta gran– de Capital, um sim[Jles representante do Papa, desper– ta o mais atreduoso ent,h11siasm0, deixamlo nos co– rações nma dô'ce emoção e nos semblantes serenidada e aleµ- ria. " E no meio de todas Pstas demoostrações de amôr ao chefe do Catholicismo. não faltaram commu nhões fervorozas em todas as Igrejas de Paris. Esta noticia nos consola, porque a alegria dos nossos irmãos é a nossa alegria, e unirlos á clles participamos aqui tamhem da mPsma seiva qnc os anima, do mesmo espírito que os forti.fica, de Jesus, e de Jesus, corou diz o Apostolo, Crucificado. Terminou-se finalmente o bello moz de ~faria, mez abcnç.oado, em c1ue a natureza se nos apresenta ama– ~·el como o symbolo da mais pura das virgens. O mez de \taria é lindo « como as rosas da prima– vera", e nos moslra a l\lãi Sanclissima cm toda a sua pureza - branca como os lyrios que crescem nr. mar– gem dos rios, suave como o perfume que embalsama os dias do estio, na fraze da Escriptura sagrada. Durante o mez findo, os filhos de Maria se applica– ram a dar-lhe testemunhos frequentes de amôr filial, pedindo a Deos por intercessão da Virgem forças para perseverarem na virtude. Sob os olhos do \taria passaram os apos.tolos os dias de provac;'in e de preparação para receberem o Espi– rito sanl'lo, quo os fortificou na fé, tornando-os tes– temunhas fiPis de Jesus Christo. As_sím tamlirm, em companhia de Maria, seus filhos deseJam 1wrs•·wr:u• na oração frequentando o tem– plo, r. alirmnt:Lndo-~1' com o Pho dos J\njos e da pala– vra divina. Por isso firaram todos admira<los vendo o incremento q1rn tem ti1lo a devoção do mcz de \la– ria. Os cxerl'icios do piedade na f'é, em sanl'to A nto– nio, Sancta Anna, e na fregurzia da samtissirna Trin– dade foram fritas com grande solemnidade r dcvoç;io. Pode-se dizer r1uo durante o mcz de Maria houve em todas as igrrjas mais de mil commnnhõcs. Na ca– tbedral, só no ultimo dia houve mais d<i duzentas rommnnhôrs; r nas outras igrejas, houve, segnntlo n_o~ informam, 11 m µ-rande concurso do fieis, que par– ticiparam dv banquete Eucharistico. Os collrgios d!· meninas da capital frequentaram o~ e:x.ercicios do n'Tez do \laria , e muitas meninas rece– l,ioram o !'ão das virgens. No_ collegio lle Nos~a Senhora de Nazareth, muitas me!lrnas llz1:ram a sua primeira cornmunlião, no me~o de cant1r:os fervorosos que derramavam_ n·~uel– les Jovens corações a doce alegria da virtude. Houve ( na missa_d~as allocuçõe~, uma no principio como prcparnçao a communhão que hiam fazer, e o~tra no fim, exhortando-a_s á perseverança; terminando-se o ª?lo r.om um cant1co de consagração á '.,laria Sancfü– s1ma. Q11 c Ocos augmente ca,la vez mais o seu amor nes– s~s cor~1ç01·s innoccntcs. perservando-os de torlo o pe– rigo'. sao os volo~ que fowmos por essas men inas, e por LUdas aqucll,lS <1ue Lnscam na religião o incenti– vo para a \"i!·t11cl e, a força para os combates da vida e a consoln~;io J)ara o esp írito. ' De'lS_ p<:_rn1i tta qu1; _e,tes brllos exempl os de pieda– <19 chnsta sn mult1pl1q11 rm, e que es tas jovens gera– çocs sr forl1fi,p1cm no amor do Jesus.- A festa_ do. mez de \laria não podia ser mai s bri– ll~an tc. ~ent_1rnos apenas ~u c o nos o virtuoso Bispo n,occ:sa no nao podt:ssc ulltmal-a por se achar doente. ~ep~1 lc ter doutnnado o seu povo dnrante um mez inte1yo, adoeceu por fim, e não ponde terminar como des~Jarn. essa festa que lhe {1 lão cára, e pel~ qual muito se tem d~velado desde que, aqui chegou, tendo hoJc a ~onsolaçao _de vel-a estabelecida cm todas as par?clu~s d_a_ capital, nos ol'atorio. parti culares de mmlas lam11Ias, e o que é mais em muitos coraçõe;, dedicados á '.llaria. ' Os alumnos do collegio dos Sanctos Innorcnlt•s em Sancta Ar,.na,_1'ljudarnm com o seu concurso o llvm Snr. y_igario Geral a solcmnisar de um modo dign~ da r.1a1 de Ocos, o mez de '1aria. OR,·m. Vig-:rno não poupou esforços. e os viu coroados com uma commn • nhão bem numerosa. Na Freguezia rJa Sanctissima Tri0dade cantaram 06 meninos do_ arsenal de guerr::i, que jdurante todo o mez d~ Maria prest;i.ramse muito contentes :ícoadju– var o mcansavcl Parocho da fregnezia da sanclissi– lI!ª Trindade o Padre Augusto Cullerre. O or~anisla nesta frcgnez!a era tamhem um menino o Snr. Ma· noel Francisco Pcr~ira de Sousa, que pcia primeira ve:r,._tocuu em pu bl!co. 13ello começo para um pianista dedica,· os seus primeiros ensaios á \liii de Dcos 1 No~ dous _ult_im_os rlias <lo mcz de \1aria, ns i;;rcja~ cstmam aprnh,~d,1s de povo. A nossa magnifica ca– thcdra_l eslava httoralmente cheia. A igreja d<' saneio Antomo do mesmo modo. Consolava ver-se tanto pov? aJorlh,~d~ nos templos implorando o soccorro dr \laria f:ancl1ss1 ma. Na cathedr~l foi o orador das dnas ultimas noites o !l• m. .\ rcC<~iago ~r. Josó Grcgorio col'!ho, que cele– b1,?u no ,u lll~io dia o sancto sacrificio da ~lis::;a OOI l?r.ar_de :sua t::xc. l\vm1., e deu a communhão ge ral. f?I p,1ra elle .~ma grande consolaçtio poder, depoi~ d uma. enfcr!'mdade de um anno, celebrar na cathc– dral n um dia tão solcmnc como esse. .Mwra só nos resta pedi rá \lãi Sanrtissima que ou– v111do as nossas preces, nos alcance par., todos a {?ra– ça rla perscvrranç~, e nos dê a fori:a para cumprirm . as s~nclas rPso_Juçol's que tomamos durante Omez d~ Mnrin, resoluçoes que nos darão a vida da graça ~r ounrn!os sempre a voz de Deos que nos falla i t '·. e extrr10rm1mte, prla oração prlo" sa~ . 11 t eridoi p' nil •n ,·• e la E 1 . . , · 0 •' , r,1mcn os a e e t:M e ,ue 1ar1sha. e pelos •xe .· .· . d SOS dQ devo~·ão, e rnc lOS pH' o Obl!ler,·11 ,õ~s t11er111011aet.•ieog. MEZ DE M,\RÇO. 5 h. da n anhã. 2 h. rla tardP.. ~ h. dn manhã. :l h. d:1 tarde. l)ia. Grau~ e. Graus e. Di,1. Grau~ e. Graus e. 11 .•. 25 172 . . . . 29 172 19 . . . . . ~5 12 .... 26 ...... ~9 20 .•.•. 25 1J .. ' ' • 2:; · · · · 28 21 ... ~5 1/.1 l ii • • · • • 2.í · • · , . • 30 22 • . . . . 2~ 15 .. • 2:-, 1,2 ....•• 29 2J ....• 20 16 ....• ~~ •)!) •14 17 ... 2:; 1,2 . ' ... ' •· • · · · · , 26 · · , , . 28 25 ..... ~~ 18 • · • · · ~(j , • • , 30 1/!! 1 2~ ..... ~5 ...... Si •••••• 211 . • • . . . j8 ....•. :ttl •••••• :Jõ . ..... ,u .... , . 21 l'ar6.-Typoaraphia ll11 uuwp.l M ftonTw..-ta_ôt, • - ' .

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