A Estrela do Norte 1863
84 A E 'rRELLA DO NORTE. Sen tiu Rrne to redobra r sna dôr. Es'tP q ue lhe fa ll ava assim ern o b o– ticario que tinl1a • f.ir nec ido wdos o~ re1ued ios q ue a mãi qo moço p recisá rél d u ran te sua doença . - Senhor, me vedes tr iste, treme n– do ; é porque augmentn -se todos os d ias nossa mise, ia. Quem sube quand0 me será -possível s11 isfazer– vos ? ... . Perdo:1 reis a demorc1 ? .... Não me q11e1eis mn l por i~so ? Teve o bom boticario muita cli ffi– culdade cm diEsimular sm~ emoç ão : ~ Men nmigo, disse elle, · devo rep rehender- vos um pouco. P ,1ra que \'OS llfllrgis tanto ? 'reme is l]Ue VOS queira ir,a l. Esc utai-me : conheço to– da n dedicação qne tendes mo t ri::do d11rante e te l timos tempos : en tran – do em m inha casa, lanço a conta <\º fogo. Não pen,eis ·to'iavia que fica de li ui<la ·,ossa <l i \·ida : me l..ta veis de pagar µara o anno dnnrlo- rr,e ainda o p ruzer de ver por ~ou,e ·,ossa fronte a coroa de laureado. Seria 11npossivel narrar o que senti u Ernc:-to neste momento. Brillwrnm la – g-rimas em seus olhos; e ficou m ndo de espr,nto e reconhecimento. Retiro n– se logo o genero,o philautropo, t.lepois de ter npcrtado nffecluosnmente as mãos do moço. - Oh ! mt::11 Deo«, ros agradeço , exclamone&te nltinio, logo que se viu só. Q11izes1es r: onsol.ir- rue : , ãn importa: o preço q uc recc:bi da B 1blia lxista, a para pa3n r o .'I 11e elevo a este bom homem, qn,, pareceu huiviul,ar rni- 11ha afil1cç,,o • •- Emrnndo, achnu Ernesro sua boa mãi ainda dorinindo, e Igncz ve- lando ao P,é do Jeito. • -. Cara mcnioa, di,se cllc a sua ir– mã, N 11 sso Sf'llhor acaba de nos fozer w!'l excellen 1 e favor: quero provnr--lho minha gratidão danclo-le al~tlll3 mo– mentos de contentamento. Vai pc lir á_ senhora .à_lu'g<11ida 11110 te leve ua c1dade; v1•ras os bonJ10.3 frutos dou– rados, o~ boneco.>, ns maravilhosas bo– ~"tinhos ; depois voliHJ[i.<; sem desP jar nnda dest as cousn", pensarás na cn ra quasi rn irnc nl o~a <le noss:i. mã i: este be11° fiei o d e ve se r :i preciado por nós mais qne tnd o. - Abraçou al egremen1e a doe i! l g nez ao ~e n irmão , e corr 1 pa ra cn•a da . ,rn horu l\largarida, que se preston de , tod o o cornção ao ped ido da me – nina . ( Contin1ia. ) O Al\10 R DOS lNI.MIGos. Os antigos d isseram :" Se am igo de teus amigos, e inimi~o de teu s in imigo.; ; pc•rém eu, <li~ Gliristo, di;!o () contrar io." E em dizer Ch ri sto o co nt rar io, r1u:,;c ,luta e nuame n te , sem Ja r a ra¼ão d seu di to ; ;1q1.1 i e,;tá a d i{lir:uldade. Se o Divino i.\Ie, t re refuta e conde ,nna Ulf')a op iniãc>tão antig-a e reeehida , porque não dá a ra – zão 1 8e o faz como legis lado r , os le~isladon·s poem a le i dãu a ra~ã0 da lei, pr inc ipa lment e quando revogam uma e prorn11l – ,,am e introdu' T.em ou t ra . o . <l Pois :;e a lei e ama r os pro- pribs inimigos era tãL, ·nova ,. e se reputava por tão repugna nte e ditficultosa a sua oh -er\"ancia; porqtic não <lrdara Chri.:to a ra– :1.ã,, ou ra'tôes da ju ·tiç~, Ja con– venienci,11 da ímportancia, dane– ces~íuu1!e, e não dá outro mot im do que d iz, senão, ell o digo: Ego autern dico i-oúi.s ? Infinitas são as razões e mo – tivos que o Senhor pudera dar para persuad ir o que mandavc1. Ama a leu inimigo ( pudera dizer ), para que elle tarnbem te ame; porque não ha modo, nem
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0