A Estrela do Norte 1863
• 1 1 ) ANNO DE 1863. DOMINGO 8 DE MARÇO. NU .M.ERO -Hr. • soa os AUSPICIOS l)J; s . r;x. nr;v.1.1A . o su. D- ANTO..'<IO DE MACJ:Do COST.i, ]HSPODO P.l.RA' . • INS'rRUCÇÃO PASTORAL J' A~A A QUART: !\[A. DO AJ\"NO ' DE 1862. '.D. AntoDio de Macedo Costa, por merce ue Deos e. da Santa Sé t\.postolica, Bispo do Gram-l'ará Jo Conselho de Suà lllagestade ~ lmpdador) que Deos guf\rde, etc., etc . : Aos povos do Par:'.i. e do Ama– ~ona& graça e paz de Deos nosso Pai, e do Senhor J esus-Chri ,t;o. !.-Eis ~hegado, amnuos fi.lhos, o t~mpo acm.to pelo Se::ihor ; ~is os dias ile salvação em que elle se praz de derramar sobre sua Igreja maior enc!1ente _de graças : Ecce nunc ternpus acceptabilc, ecce niinc dies saliitis [1]. O santo tempo quadragesimal, que se abre i·ara nós como o portico e a in– trod ncqã.o. da grande semana em que celebraremos os roysterios da paixão e morte <lo divino Salvador é como b . . ' ' sa eis, um peno<lo de quarenta dias, cons:1gra<lo ..desde o tempo <los Apos- . ~o.los peh Santa Igrejt\ ú pratica do .1-eJUm o ele outras mortificações, com o fim de expiar nossns culpas, · amor– tecer em nós o ardor das m:ts pai– xões, e preparar noesas almas a uma vida mais 1)ura, mais fervorosa, mais christã. Considerada. neste ponto de vista, a Quaresma é uma instituição eminentemente salutê~r, El que se prende ás entranhas mesmó da ordem moral e do christianismo. LI} II ad Corintb, VI. 2. . ·cnite ct ambulcmns in !~mino Domini: ls.i.x. II. i>. ll.-E' lei amados filhos lei da . . ' 111st.1ça eterna de Deos immutavel . ' ' necessana como Elle, que todo aq uelle. que comme.tte o pecc1-1do soffra um/\ pena sensi vel. 'l'em a desordem moral i~fallivel repercu sã.o na ordern phy– s1_ca, e as cren.turne materiaes que . v1olen tamentede8viam-se do seu fim pj].ra com elle offondermos ao Senhor gemem (2), na phra e do Apostolo ; estão como impacientes de tirarem <le nús tremenda vingança. Revoltamo– nos contra Deos ; revoltam-se ellas contra nós, e punem por esta sorte de reacção doloiosa o Sacríl~go abuso que dellas fizemos, <letendo.. as injus– tamente no -captireiro da corrupção, em vez de elevarmos comnosco :'t li– berdade da g1oria elos :6.lhos de Deos [3]_. Eis a ordem eterna da justiça in– fimt::i. A .dôr, o so:ffrimento devem pa5:1a~ l!ºr onde pas_sou o peccado. ':Jui , i11J11~te se o_rdmo.t in peccatis yuste nrclmatwr in 7i mnis diz com admiravel profundidade S~ Agosti– nho [4]. Quer o queiramos quer não, revolte-se embora a falsa delicadeza do sec:ulo: esta é a lei ; n, tal vreço é a e:x;piação. E sta vertl ade está escri– pta pelo proprio dedo de Deos no co– ração da humanidade. O que signi– fica o sangue de tantas victinrns, ai ! mui~as vezes humfLnas ! jorrando sobre as aras de todos os povos desde o berço do m umlo ? O que significam essas macerações dolorosas abstinen- . . . ' eras e JeJuns que n6s cncontrao;ioa [2j Ro_m. ~'Ill. 22. \ [3 Ibid.-21. L4 Epiat. ad llonor. 120 ca.p, z.
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